Roteiro Homilético – Ascensão do Senhor – Ano A

RITOS INICIAIS

Actos 1, 11

ANTÍFONA DE ENTRADA: Homens da Galileia, porque estais a olhar para o céu? Como vistes Jesus subir ao céu, assim há–de vir na sua glória. Aleluia.

Diz–se o Glória.

Introdução ao espírito da Celebração

Com a Ascensão gloriosa, Jesus Cristo inaugura a Sua presença invisível junto de nós na terra. Foi preparar-nos um lugar no Céu, como Ele mesmo prometeu aos Apóstolos, mas teve antes o cuidado de nos fazer uma promessa: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos

Acompanha-nos na missão de levar a Boa Nova da Salvação a todas as pessoas, a sermos testemunhas d’Ele até às fronteiras do mundo.

Para cumprirmos esta missão, o Senhor oferece-nos a ajuda das invenções humanas. Lembrando esta maravilha, o Santo Padre convida-nos a celebrar hoje o Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, dando-lhe como tema «partilhar a verdade e comunicá-la.»

ACTO PENITENCIAL

Somos tentados, no entanto, a viver como se Jesus Cristo se tivesse ausentado definitivamente de nós e permanecesse alheado desta missão divina.

Muitas vezes no vivemos na presença d’Ele; temos pensamentos, palavras e atitudes que no gostaríamos que Ele presenciasse.

De tudo vamos pedir perdão, e pedir-Lhe humildemente coragem para mudar de vida.

(Tempo de silêncio. Apresentamos, como alternativa, elementos para o esquema C)

• Para o mau uso que fazemos da Televisão e da Rádio,

dos livros, revistas, jornais , dos filmes e da internet,

Senhor, misericórdia!

Senhor, misericórdia!

• Para as vezes em que fazemos do telefone e telemóvel

instrumentos de divisão, em vez de aproximar as pessoas,

Cristo, misericórdia!

Cristo, misericórdia!

• Para a falta de responsabilidade em levar a pessoas amigas

nos caminhos da paz e da reconciliação com Deus e os irmãos,

Senhor, misericórdia!

Senhor, misericórdia!

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

ORAÇÃO COLECTA: Deus omnipotente, fazei-nos exultar em santa alegria e em filial acção de graças, porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória como nossa Cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: S. Lucas, nos Actos dos Apóstolos, proclama a mensagem essencial desta solenidade: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projecto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo caminho de Jesus.

Os discípulos não podem nem devem permanecer a olhar para o céu, numa passividade alienante, mas têm de ir para o meio dos homens continuar o projecto de Jesus.

Actos 1, 1-11

1No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio 2até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. 3Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. 4Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da Qual – disse Ele – Me ouvistes falar. 5Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». 6Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?» 7Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; 8mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». 9Dito isto,elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. 10E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, 11que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

Lucas começa o livro de Actos com o mesmo facto com que tinha terminado o seu Evangelho, a Ascensão, que desempenha assim na sua obra um papel de charneira, pois assinala tanto a ligação como a distinção entre a história de Jesus, que se realiza aqui na terra – o Evangelho – e a história da Igreja, que então tem o seu início – os Actos.

3 «Aparecendo-lhes durante 40 dias». Esta precisão do historiador Lucas permite-nos esclarecer algo que no seu Evangelho não tinha ficado claro quanto ao dia da Ascensão, pois o leitor poderia ter ficado a pensar que se tinha dado, sem mais, no dia da Ressurreição. É certo que a Ascensão faz parte da glorificação e exaltação de Jesus; por isso S. João parece pretender uni-la à Ressurreição, nas palavras de Jesus a Madalena (Jo 20, 17), podendo falar-se duma ascensão invisível no dia de Páscoa, sem que em nada se diminua o valor do facto sucedido 40 dias depois e aqui relatado: a Ascensão visível de Jesus, que marca um fim das manifestações visíveis aos discípulos – testemunhas da Ressurreição estabelecidas por Deus – engloba uma certa glorificação acidental do Senhor ressuscitado, «pela dignidade do lugar a que ascendia», como diz S. Tomás de Aquino (Sum. Theol., III, q. 57, a. 1). Há numerosas referências à Ascensão no Novo Testamento: Jo 6, 62; 20, 17; 1 Tim 3, 26; 1 Pe 3, 22; Ef 4, 9-10; Hbr 9, 24; etc… Mas a Ascensão tem, além disso, um valor existencial excepcional, pois nos atinge hoje em cheio: Cristo, ao colocar à direita da glória do Pai a nossa frágil natureza humana unida à Sua Divindade (Cânon Romano da Missa de hoje), enche-nos de esperança em que também nós havemos de chegar ao Céu e diz-nos que é lá a nossa morada, onde, desde já, devem estar os nossos corações, pois ali está a nossa Cabeça, Cristo.

4 «A Promessa do Pai, da qual Me ouvistes falar». Na despedida da Última Ceia, Jesus não se cansou de falar aos discípulos do Espírito Santo: Jo 14, 16-17.26; 16, 7-15.

5 «Baptizados no Espírito Santo», isto é, inundados de enorme força e luz do Espírito Santo, cheio dos seus dons, dez dias depois (cf. Act 2, 1-4).

8 «Minhas Testemunha em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra». Estas palavras do Senhor são apresentadas por S. Lucas para servirem de resumo temático do seu livro; aquilo que ele nos vai contar ilustrará o modo como a fé cristã se vai desenvolver progressivamente, seguindo estas três etapas geográficas: Act 2 – 7; 8 – 12; 13 – 28.

Salmo Responsorial    Sl 46 (47), 2–3.6–7.8–9 (R. 6)

Monição: No regresso do cativeiro de Babilónia, o Povo de Deus aclamava o Senhor, que presidia ao seu cortejo, ao som de trombetas festivas, enquanto subia até ao Templo de Jerusalém.

A Liturgia desta solenidade convida-nos a aclamar Jesus Cristo glorioso que sobe aos Céus, para entrar na Sua glória junto do Pai.

Refrão: POR ENTRE ACLAMAÇÕES E AO SOM DA TROMBETA,

ERGUE–SE DEUS, O SENHOR.

Ou:                ERGUE–SE DEUS, O SENHOR,

EM JÚBILO E AO SOM DA TROMBETA.

Povos todos, batei palmas,

aclamai a Deus com brados de alegria,

porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,

o Rei soberano de toda a terra.

 

Deus subiu entre aclamações,

o Senhor subiu ao som da trombeta.

Cantai hinos a Deus, cantai,

cantai hinos ao nosso Rei, cantai.

 

Deus é Rei do universo:

cantai os hinos mais belos.

Deus reina sobre os povos,

Deus está sentado no seu trono sagrado.

Segunda Leitura

Monição: S. Paulo convida os discípulos da Igreja de Éfeso a terem consciência da esperança a que foram chamados: a vida plena de comunhão com Deus.

Devem caminhar ao encontro desta esperança de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo «corpo» – e em comunhão com Cristo, a «cabeça» desse «corpo», no qual reside.

Efésios 1, 17-23

Irmãos: 17O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de luz para O conhecerdes plenamente 18e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos 19e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força 20que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, 21acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir.22Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, 23que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

 

Neste texto temos um dos principais temas da epístola: a Igreja como Corpo (místico) de Cristo. A Igreja é a plenitude de Cristo, «o Cristo total» (S. Agostinho). A Igreja recebe da sua Cabeça, Cristo, não só a chefia, mas o influxo vital, a graça; vive a vida de Cristo. Jesus sobe ao Céu, mas fica presente no mundo, na sua Igreja.

17 «O Deus de N. S. J. Cristo». «O Pai é para o Filho fonte da natureza divina e o criador da sua natureza humana: assim Ele é, com toda a verdade, o Deus de N. S. J. C.» (Médebielle). «O Pai da glória», isto é, o Pai a quem pertence toda a glória, toda a honra intrínseca à sua soberana majestade. «Um espírito», o mesmo que um dom espiritual. Não se trata do próprio Espírito Santo; dado que não tem artigo em grego, trata-se pois de uma graça sua.

20-22 Temos aqui a referência a um tema central já tratado em Colosenses: a supremacia absoluta de Cristo, tendo em conta a sua SS. Humanidade, uma vez que pela divindade é igual ao Pai. A sua supremacia coloca-O «acima de todo o nome», isto é, acima de todo e qualquer ser, qualquer que seja a sua natureza e qualquer mundo a que pertença. Mas aqui a atenção centra-se num domínio particular de Cristo, a saber, na sua Igreja, da qual Ele é não apenas o Senhor, mas a Cabeça. A Igreja é o «Corpo de Cristo»; ela é o plêrôma de Cristo, isto é, o seu complemento ou plenitude: a igreja é Cristo que se expande e se prolonga nos fiéis que aderem a Ele. (Alguns autores preferem entender o termo plêrôma no sentido passivo: a Igreja seria plenitude de Cristo, enquanto reservatório das suas graças e merecimentos que ela faz chegar aos homens).

23 «Aquele que preenche tudo em todos». A acção de Cristo é sem limites, especialmente na ordem salvífica; a todos faz chegar a sua graça, sem a qual ninguém se pode salvar. No entanto, é mais corrente preferir, com a Vulgata, outro sentido a que se presta o original grego: a Igreja é a plenitude daquele que se vai completando inteiramente em todos os seus membros. Assim, a Igreja completa a Cristo, e Cristo é completado pelos seus membros (é uma questão de entender como passivo, e não médio, o particípio grego plêrouménou, de acordo com o que acontece em outros 87 casos do N. T.).

Pode utilizar-se outra, como 2ª leitura:

 

Hebreus 9, 24-28; 10, 19-23

24Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor. 25E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no santuário, com sangue alheio; 26nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo. 27E como está determinado que os homens morram uma só vez – e a seguir haja o julgamento –, 28assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem aparência de pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam. 19Tendo nós plena confiança de entrar no santuário por meio do sangue de Jesus, 20por este caminho novo e vivo que Ele nos inaugurou através do véu, isto é, o caminho da sua carne, 21e tendo tão grande sacerdote à frente da casa de Deus, 22aproximemo-nos de coração sincero, na plenitude da fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado na água pura. 23Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez a promessa é fiel.

A leitura é respigada do final da primeira parte de Hebreus, em que o autor sagrado expõe a superioridade do sacrifício de Cristo sobre todos os sacrifícios da Lei antiga (8, 1 – 10, 18). Aqui Jesus é apresentado como o novo Sumo Sacerdote da Nova Aliança, em contraste com o da Antiga, que precisava de entrar cada ano – «com sangue alheio» –, no dia da expiação (o Yom Kippur: cf. Ex 16) «num santuário feito por mãos humanas», ao passo que Jesus entra «no próprio Céu» (v. 24), não precisando de o fazer cada ano – «muitas vezes» (v. 25-26) –, pois, «uma só vez» bastou «para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo» (v. 26), por meio do seu próprio sangue. Como habitualmente, o autor, aproveitando a exposição doutrinal para fazer ricas exortações práticas; apela, um pouco mais adiante (10, 19-23), para a virtude da«esperança», uma esperança de que também nós podemos chegar ao Céu, apoiados na certeza das promessas de Cristo. A «água pura» é certamente a do Baptismo (cf. 1 Pe 3, 21), que não pode ser encarado à margem da fé e da pureza da consciência. Notar como a SS. Humanidade de Jesus – «o caminho da sua carne» – é focada como o véu do Templo, o que bem pode evocar a nuvem da Ascensão, que ao mesmo tempo esconde e revela a presença invisível de Cristo ressuscitado.

Aclamação ao Evangelho

Mt 28, l9 a. 20b

Monição: Jesus Cristo no nos quer inactivos no mundo. Confia-nos a proclamação do Boa Nova da Salvação e promete-nos a Sua presença amiga e eficaz, nesta missão divina.

Aclamemos solenemente o Evangelho que nos recorda esta consoladora verdade.

ALELUIA

Ide e ensinai todos os povos, diz o senhor:  Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.

Evangelho

São Mateus 28, 16–20

Naquele tempo, 16os onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. 17Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram. 18Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. 19Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

 

O texto da leitura são os versículos finais de S. Mateus, o único evangelista que não fala das aparições do Ressuscitado em Jerusalém, excepto às mulheres (os vv. 9-10 serão uma generalização da aparição a Maria Madalena? Cf. Jo 20, 11-18). Ele apenas regista esta única aparição aos discípulos, na Galileia (há quem goste de a identificar com a de 1 Cor 15, 6, «a mais de 500 irmãos»). O nosso evangelista também não refere a Ascensão de Jesus, um mistério de glorificação, de algum modo já incluído na sua Ressurreição. Agora as palavras de Jesus revestem-se duma solenidade singular, própria de quem tem consciência de ser o Senhor e o Salvador universal, evocando a célebre visão de Daniel 7, 14: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.» (v. 18). Benedict Viviano observa que «este breve final é tão rico que seria difícil dizer mais e melhor com o mesmo número de palavras» (The new Jerome Biblical Commentary, p. 674).

19 «Ide e ensinai todas as nações». É o mandato missionário universal, bem em contraste com a orientação para o tempo da vida terrena de Jesus (cf. Mt 10, 6; 15, 24). Uma tradução mais de acordo com o original grego – e bem mais expressiva – não é simplesmente «ensinai todos os povos», mas «fazei discípulos todos os povos». A evangelização é para se estender a todas as raças e culturas, em todos os tempos, sem distinção, como lembra a recente nota doutrinal da Santa Sé sobre alguns aspectos da evangelização (03.12.2007): Os relativismos e irenismos de hoje em âmbito religioso não são um motivo válido para descurar este trabalhoso mas fascinante compromisso, que pertence à própria natureza da Igreja e é sua tarefa primária. Oferecer a uma pessoa, com pleno respeito da sua liberdade, que conheça e ame a Cristo, não é uma intromissão indevida, mas uma oferta legítima e um serviço que pode tornar mais fecundas as relações entre os homens. A incorporação de novos membros à Igreja não é a extensão de um grupo de poder, mas o ingresso na rede da amizade com Cristo. Ao direito que todos têm de ouvir a Boa Nova corresponde o dever de a anunciar, um dever que não se restringe à hierarquia, mas é de todos os baptizados.

«Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo». Este é um texto de suma importância para a Teologia trinitária, pois a unidade divina está posta em relevo pelo singular, «em nome», a par da trindade das pessoas. Por outro lado, o original grego com a preposição dinâmica «eis» deixa ver um certo sentido de consagração própria do Sacramento do Baptismo; com efeito, baptizar é mergulhar para dentro(eis) de Deus (=o Nome), que é Pai, Filho e Espírito Santo (as hipóstases divinas expressas por um genitivo epexegético, que explica quem é Deus); pelo Baptismo somos inseridos na vida trinitária.

20 «Estou sempre convosco…» Jesus é o Deus connosco (Imánu-El). Esta expressão aparece com uma força especial ao constituir uma espécie de inclusão que encerra todo o Evangelho de S. Mateus (Mt 1, 23 – 28, 20). A presença de Jesus na Igreja (cf. Mt 18, 20) não se perde com a Ascensão, mas torna-se mais abrangente. Santo Agostinho observa: «Ele não deixou o Céu quando desceu de lá até nós, nem se afastou de nós quando voltou a subir ao Céu».

Sugestões para a homilia

• A Ascensão de Jesus, nosso caminho

Acolher a mensagem de Jesus

Guardar a fé na Ressurreição

Prepara a vinda do Espírito Santo

• Temos um programa para realizar

Somos testemunhas de Cristo no mundo

Jesus Cristo está connosco

Continua a Sua missão por meio de nós

A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos sugere-nos que, no final de um caminho percorrido na terra com amor e doação, teremos a vida definitiva, em comunhão com Deus.

Lembra-nos que Jesus nos confiou a missão, como Seus discípulos, de continuarmos a missão evangelizadora, sendo Suas testemunhas até aos confins do mundo.

1. A Ascensão de Jesus, nosso caminho

a) Acolher a mensagem de Jesus. «foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera

Caminhamos para o Céu, mas o Senhor confia-nos um programa para realizar antes, na vida presente.

Para que possamos desempenhar-nos bem desta missão, temos necessidade de conhecer bem o que Deus quer de nós.

Jesus Cristo ensina-nos cuidadosamente, no só o que é preciso realizar, mas também como fazê-lo. A preparação de cada fiel para a acção apostólica indispensável. No basta a boa vontade dos que se disponibilizam para tomar parte na acção da Igreja.

Quando tanto se exalta a qualificação profissional, a preparação especializada para cada trabalho, como poderíamos esperar uma Igreja eficiente na sua actuação, se os fieis dão tudo por sabido e no se preparam para evangelizar? Deus no quer dispensar-nos daquilo que podemos fazer, como não substituiu o jovem na oferta dos pães e dos peixes, nem os serventes de Caná da Galileia no enchimento das talhas de água.

Os Apóstolos escutaram com a melhor atenção os ensinamentos de Jesus, quer ao longo da vida pública, quer neste momento das últimas recomendações.

b) Guardar a fé na Ressurreição. «Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus.»

A Ressurreição de Cristo é o fundamento da nossa esperança. «Pois se no há ressurreição dos mortos, também Cristo no ressuscitou. E, Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, é também vã a nossa fé.» (I Cor 15, 13-14).

Precisamos estar preparados para aguentar a pé firme o choque com as outras mentalidades, a tentação de nos deixarmos nivelar e correr, como os outros e com eles, atrás de banalidades.

Como poderíamos ser, pela nossa esperança, uma chamada permanente ao amor de Cristo? Ele preveniu-nos no Cenáculo: «haveis de chorar e gemer, e o mundo se há-de alegrar; haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria. […] Vós, pois, agora estais tristes, mas hei-de ver-vos de novo, e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos tirará a vossa alegria.» (Jo 16, 20. 22.)

Encaramos a Ascensão do Senhor com alegria, porque é a Boa Nova. O Senhor coroou a Sua obra redentora com a subida gloriosa ao encontro do Pai. Nós iremos ao Seu encontro, terminada esta prova de amor na terra. Foi à nossa frente, para nos preparar um lugar, como ensinou no discurso da Última Ceia.

Vivemo-lo em acção de graças, ao contemplar tudo quanto Ele fez por nós.

c) Prepara a vinda do Espírito Santo. «Um dia […], mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, ‘da Qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, […] sereis baptizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias’.»

Antes de nos entregarmos à vida apostólica, é necessário que nos confiemos à acção do espírito Santo.

Jesus recomendou insistentemente aos Apóstolos que iniciassem a vida da Igreja, depois de uma vida intensa de oração. Recolheram-se ao Cenáculo, e ali se prepararam para a vinda do Espírito Santo.

– Meditavam nos ensinamentos de Jesus. Não se limitavam a recordar os seus ensinamentos, mas procuravam aplicações práticas à vida.

– Cantavam salmos, e faziam oração individual e colectiva. Sem vida interior, todo o apostolado é corpo sem alma.

– Estavam reunidos com Maria. No é por acaso que o livro dos Actos menciona este facto. Desde o momento em que Deus A escolheu para Mãe de Deus e nossa Mãe, no podemos dispensar a sua ajuda materna.

2. Temos um programa para realizar

Dois Anjos apresentaram-se como homens vestidos de branco, para libertar os Apóstolos de ilusões que ainda acalentam. Esperavam, talvez, que Jesus voltasse dentro de momentos, revestido de glória, para inaugurar triunfalmente o Reino. Eles seriam felizes espectadores do grande acontecimento. Recordam-lhes que chegou a hora de se entregarem à missão que Jesus lhes confiou.

a) Somos testemunhas de Cristo no mundo. «Todo o poder Me foi dado no Céu e na TerraIde, pois, fazer discípulos de todas as nações.»

Ao recordar-lhes que Aquele mesmo Jesus viria no fim dos tempos, sugere-nos que chegou a hora dos homens. É o tempo de Jesus actuar no mundo com o nosso rosto, de falar com o tom da nossa voz, de realizar milagres de Amor com a nossa generosidade.

Jesus anunciara que seríamos testemunhas d’Ele em toda a terra, até ao fim do mundo. Testemunha é a tradução latina da palavra grega mártir. Muitas vezes, este testemunho de Cristo será selado com o sangue dos Seus amigos.

Quando nos anunciou que seríamos Suas em todo o mundo, Jesus lançou-nos um desafio que ouvimos constantemente na boca dos homens: «Mostrai-nos comas vossas obras que Jesus Cristo vive e nos ama!»

b) Continua a Sua missão por meio de nós. «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei

O cristianismo no é algo particular, para cada um viver isolado dos outros. Ser cristãos significa – depois de participar na filiação divina pelo Baptismo – travar uma relação pessoal e amizade com Jesus Cristo.

Não podemos silenciar a felicidade de amar a Jesus Cristo. Ele quer tornar felizes o maior número de pessoas que é possível; uma vez que descobrimos este tesouro da amizade e participação na vida íntima de Deus. A solidariedade há-de levar-nos a comunicar esta descoberta a todas as pessoas.

Como o próprio Senhor indica, fazer discípulos tem um programa concreto a realizar:

– Dar doutrina. Ensinar tudo o que Ele nos revelou. Dar doutrina é a melhor ajuda que hoje podemos dar a qualquer pessoa. Esta urgência é peculiar em nossos dias, porque a ignorância religiosa é total em muitos cristãos.

– Vida sacramental. Jesus fala em administrar o Baptismo, porta de entrada para todos os outros sacramentos.

É preciso aproximar as pessoas, depois de as termos preparado bem, para os outros sacramentos, especialmente o da reconciliação e Penitência e o da Eucaristia.

c) Jesus Cristo está connosco. «E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos

É uma promessa solene que nos faz Jesus Cristo, num momento culminante da Sua vida terrena.

De facto, ao longo da vida pública foi-nos preparando para acolher esta verdade fundamental da Sua presença.

– No Evangelho sobre o juízo final, diz textualmente: «Em verdade vos digo: todas as vezes que o fizestes (dar de comer ao faminto, dar de beber ao sequioso, vestir aqueles a quem falta a roupa indispensável…) foi a Mim que o fizestes

– Está presente quando dois ou três se reúnem em Seu nome.

– A Eucaristia que celebramos é rica da presença de Jesus. O Concílio Ecuménico Vaticano II diz-nos que Ele está nela presente de quatro modos:

• Na assembleia reunida para a Celebração da Santa Missa, porque estamos ali em Seu nome. Professamos esta verdade quando respondemos à saudação do sacerdote dizendo: «Ele está no meio de nós!»

• Na Palavra de Deus que é proclamada e explicada.

• No sacerdote que dá um rosto visível a Cristo nesta acção que é d’Ele, da Santíssima Trindade e de toda a Igreja – no Céu, no Purgatório e na terra. Pelo ministério do sacerdote, em virtude do espírito Santo recebido na ordenação, Jesus Cristo transubstancia o pão e o vinho que levamos ao altar no Seu Corpo e Sangue.

• Presente na Santíssima Eucaristia, sob as aparências do pão e do vinho, no só no momento da Missa, mas depois em nossos sacrários, para conforto dos doentes e para nossa companhia.

Está sempre connosco. Podemos encontrá-l’O, conversar com Ele quando, onde e sobre o que quisermos, em qualquer lugar ou momento.

Com a Ascensão gloriosa, Jesus limitou-Se a inaugurar um novo modo de presença adorável junto de nós.

Tornemo-l’O presente junto dos outros, usando bem os Meios de Comunicação Social.

Fala o Santo Padre

MENSAGEM PARA O 42º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

«Os meios de comunicação social: na encruzilhada entre protagonismo e serviço.  Buscar a verdade para partilhá-la»

Queridos irmãos e irmãs!

1. O tema da próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais – «Os meios de comunicação social: na encruzilhada entre protagonismo e serviço. Buscar a verdade para partilhá-la» – coloca em relevo como é importante o papel destes instrumentos na vida das pessoas e da sociedade. De facto, não existe âmbito da experiência humana, sobretudo se enquadrada no vasto fenómeno da globalização, onde os media não se tenhamtornado parte constitutiva das relações interpessoais e dos processos sociais, económicos, políticos e religiosos. A tal propósito, escrevi na Mensagem para a Jornada da Paz do passado dia 1 de Janeiro: «Os meios de comunicação social, pelas potencialidades educativas de que dispõem, têm uma responsabilidade especial de promover o respeito pela família, de ilustrar as suas expectativas e os seus direitos, de pôr em evidência a sua beleza» (n. 5).

2. Graças a uma vertiginosa evolução tecnológica, os referidos meios foram adquirindo potencialidades extraordinárias, ao mesmo tempo que levantavam novas e inéditas interrogações e problemas. É inegável a contribuição que podem dar para a circulação das notícias, o conhecimento dos factos e a difusão do saber: por exemplo, contribuíram de modo decisivo para a alfabetização e a socialização, como também para o avanço da democracia e do diálogo entre os povos. Sem a sua contribuição, seria verdadeiramente difícil favorecer e melhorar a compreensão entre as nações, conferir respiro universal aos diálogos de paz, garantir ao homem o bem primário da informação, assegurando ao mesmo tempo a livre circulação de intentos a bem nomeadamente dos ideais de solidariedade e justiça social. Sim! Os media, no seu conjunto, não servem apenas para a difusão das ideias, mas podem e devem ser também instrumentos ao serviço de um mundo mais justo e solidário. Infelizmente, é bem real o risco de, pelo contrário, se transformarem em sistemas que visam submeter o homem a lógicas ditadas pelos interesses predominantes de momento. É o caso de uma comunicação usada para fins ideológicos ou para a venda de produtos de consumo mediante uma publicidade obsessiva. Com o pretexto de se apresentar a realidade, de facto tende-se a legitimar e a impor modelos errados de vida pessoal, familiar ou social. Além disso, para atrair os ouvintes, a chamada quota de audiências, por vezes não se hesita em recorrer à transgressão, à vulgaridade e à violência. Existe enfim a possibilidade de serem propostos e defendidos, através dos media, modelos de desenvolvimento que, em vez de reduzir, aumentam o desnível tecnológico entre países ricos e pobres.

3. A humanidade encontra-se hoje numa encruzilhada. Vale também para os media aquilo que escrevi, na Encíclica Spe salvi, sobre a ambiguidade do progresso, que oferece inéditas potencialidades para o bem, mas ao mesmo tempo abre possibilidades abissais de mal que antes não existiam (cf. n. 22). Por isso, há que interrogar-se se é sensato deixar que os instrumentos de comunicação social se ponham ao serviço de um protagonismo indiscriminado ou acabem em poder de quem se serve deles para manipular as consciências. Não se deveria, antes, fazer com que permaneçam ao serviço da pessoa e do bem comum e favoreçam «a formação ética do homem, o crescimento do homem interior» (Spe salvi, 22)? A sua influência extraordinária na vida das pessoas e da sociedade é um facto amplamente reconhecido, mas hoje há que pôr em evidência a viragem, diria mesmo a mudança verdadeira e própria de função, que os media estão a enfrentar. Hoje, de modo sempre mais acentuado, a comunicação parece às vezes ter a pretensão não só de apresentar a realidade, mas também de a determinar graças à capacidade e força de sugestão que possui. Constata-se, por exemplo, que em certos casos os media são utilizados, não para um correcto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos. Esta perigosa alteração da sua função é vista com preocupação por muitos Pastores. Exactamente porque se trata de realidades que incidem profundamente em todas as dimensões da vida humana (moral, intelectual, religiosa, relacional, afectiva, cultural), estando em jogo o bem da pessoa, impõe-se reafirmar que nem tudo aquilo que for tecnicamente possível é eticamente praticável. Por isso, o impacto dos meios de comunicação sobre a vida do homem contemporâneo coloca questões inevitáveis, que aguardam decisões e respostas não mais adiáveis.

4. O papel que os instrumentos de comunicação assumiram na sociedade é já considerado parte integrante da questão antropológica, que surge como desafio crucial do terceiro milénio. De modo semelhante ao que se verifica no sector da vida humana, do matrimónio e da família e no âmbito das grandes questões contemporâneas relativas à paz, à justiça e à defesa da criação, também no sector das comunicações sociais estão em jogo dimensões constitutivas do homem e da sua verdade. Quando a comunicação perde as amarras éticas e se esquiva ao controle social, acaba por deixar de ter em conta a centralidade e a dignidade inviolável do homem, arriscando-se a influir negativamente sobre a sua consciência, sobre as suas decisões, e a condicionar em última análise a liberdade e a própria vida das pessoas. Por este motivo é indispensável que as comunicações sociais defendam ciosamente a pessoa e respeitem plenamente a sua dignidade. São muitos a pensar que, neste âmbito, seja actualmente necessária uma «info-ética» tal como existe a bio-ética no campo da medicina e da pesquisa científica relacionada com a vida.

5. É preciso evitar que os media se tornem o megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras pragas do nosso tempo. Pelo contrário, eles podem e devem contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode-se mesmo afirmar que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim as linguagens todas e cada vez mais belas e primorosas de que dispõem os media é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do sector. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos media, sobretudo telefonia e internet, estão a modificar a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para a redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10).

6. O homem tem sede de verdade, anda à procura da verdade; demonstram-no nomeadamente a atenção e o sucesso registados por muitas publicações, programas ou filmes de qualidade, onde são reconhecidas e bem apresentadas a verdade, a beleza e a grandeza da pessoa, incluindo a sua dimensão religiosa. Jesus disse: «Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 32). A verdade que nos torna livres é Cristo, porque só Ele pode corresponder plenamente à sede de vida e de amor que está no coração do homem. Quem O encontrou e se apaixona pela sua mensagem, experimenta o desejo irreprimível de partilhar e comunicar esta verdade: «O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos – escreve São João –, o que contemplámos, o que tocámos com as nossas mãos acerca do Verbo da Vida, é o que nós vos anunciamos […], para que estejais também em comunhão connosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemos tudo isto, para que a vossa alegria seja completa» (1 Jo 1, 1-3).

Invocamos o Espírito Santo para que não faltem comunicadores corajosos e testemunhas autênticas da verdade que, fiéis ao mandato de Cristo e apaixonados pela mensagem da fé, «saibam tornar-se intérpretes das exigências culturais contemporâneas, comprometendo-se a viver esta época da comunicação, não como um tempo de alienação e de confusão, mas como um período precioso para a investigação da verdade e para o desenvolvimento da comunhão entre as pessoas e entre os povos» (João Paulo II, Discurso no Congresso Parábolas mediáticas, 9 de Novembro de 2002).

Com estes votos, afectuosamente concedo a todos a minha Bênção.

Papa Bento XVI, festa de São Francisco de Sales, 24 de Janeiro de 2008

LITURGIA EUCARÍSTICA

Introdução à Liturgia Eucarística

Antes de subir ao Céu, Jesus Cristo garantiu-nos a Sua presença admirável junto de nós.

Acaba de falar connosco na Liturgia da Palavra que foi proclamada e explicada.

Preparemo-nos agora para estar com Ele sacramentalmente, pois vai tornar-se presente na Eucaristia, sob as aparências do pão e do vinho.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Recebei, Senhor, o sacrifício que Vos oferecemos ao celebrar a admirável ascensão do vosso Filho e, por esta sagrada permuta de dons, fazei que nos elevemos às realidades do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Ascensão: p. 474 [604–716]

No Cânone Romano dizem-se o Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) e o Hanc igitur (Aceitai benignamente, Senhor) próprios.

Nas Orações Eucarísticas II e III fazem–se também as comemorações próprias.

SANTO

Saudação da Paz

Pedimos insistentemente ao Senhor a Sua paz, como um dom insubstituível pata a nossa felicidade.

Ele interpela-nos agora. Estamos disponíveis para abrir as portas do coração, perdoando generosamente as ofensas recebidas?

Manifestemos estas disposições, antes de comungar.

Saudai-vos na paz de Cristo!

Monição da Comunhão

O Senhor gosta que O recebamos na Sagrada Comunhão, quando nos preparamos para ela segundo o que Ele nos ensina, pela voz santa Igreja.

Examinemo-nos diligentemente, e aproveitemos estes momentos de intimidade com Ele que nos são concedidos, para Lhe pedirmos ajuda em ordem a realizarmos a missão que Ele nos confiou, antes de subir ao Céu.

Mt 28, 20

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Deus eterno e omnipotente, que durante a nossa vida sobre a terra nos fazeis saborear os mistérios divinos, despertai em nós os desejos da pátria celeste, onde já se encontra convosco, em Cristo, a nossa natureza humana. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

RITOS FINAIS

Monição final

Levamos para a vida desta semana duas consoladoras certas: nunca estamos sós, porque Ele nos acompanha, momento a momento. Alem disso, digna-Se contar connosco para incendiar todos os caminhos da terra no fogo do Seu Amor.

Entreguemo-nos com generosidade a troná-l’O conhecido e amado.

Celebração e Homilia:    FERNANDO SILVA

Nota Exegética:       GERALDO MORUJÃO

Fonte: Celebração  Litúrgica

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