Roteiro Homilético – Assunção de Nossa Senhora

 RITOS INICIAIS

 

Ap 12, 1

ANTÍFONA DE ENTRADA: Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de estrelas na cabeça.

Ou

 

Exultemos de alegria no Senhor, ao celebrar este dia de festa em honra da Virgem Maria. Na sua Assunção alegram-se os Anjos e cantam louvores ao Filho de Deus.

 

Diz-se o Glória

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Celebramos hoje – nesta solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – o último mistério da vida terrena da Mãe de Deus e nossa Mãe.

Terminada a sua vida mortal, foi conduzida em corpo e alma, desta vida mortal ao mundo da imortalidade, revestida de glória.

Perante este acontecimento único, extraordinário, multiplicam-se as nossas perguntas: como se passou este mistério? Por que razão e com que finalidade o quis Deus?

Unamo-nos à alegria com que os bem-aventurados do Céu cantam os louvores da Mãe de Jesus e nossa Mãe.

Preparemo-nos para acolher a Palavra de Deus que nos ajudará a responder a todas estas perguntas.

 

ACTO PENITENCIAL

 

Vivemos muitas vezes esquecidos de que esta vida é breve e nela devemos preparar uma eternidade feliz.

Voltados para os prazeres caducos que este mundo nos oferece, acabamos por viver como se nada mais tivéssemos a esperar desta vida.

Levantemos o olhar para o Céu, pedindo perdão, e manifestemos a vontade sincera de recomeçar o caminho da santidade.

 

(Tempo de silêncio. Apresentamos, como alternativa, elementos para o esquema C)

 

•   Senhor Jesus: perdoai-nos o esquecimento do Céu em que vivemos,

como se tudo acabasse, para nós, com a morte corporal e a sepultura.

Senhor, tende piedade de nós!

 

    Senhor, tende piedade de nós!

 

•   Cristo: somos indiferentes perante o descaminho dos nossos irmãos

e não os ajudamos a uma emenda de vida que os leve à salvação.

Cristo, tende piedade de nós!

 

    Cristo, tende piedade de nós!

 

•   Senhor Jesus: prometemos e faltamos nos propósitos de vida nova.

Ajudai-nos, com a mediação de Maria, a sermos perseverantes.

Senhor, tende piedade de nós!

 

    Senhor, tende piedade de nós!

 

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus eterno e omnipotente, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do Vosso Filho, concedei-nos a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto, para merecermos participar da sua glória. Por Nosso Senhor…

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: Maria aparece no Apocalipse como imagem da Igreja. À semelhança de Maria, a Igreja concebe na dor um mundo novo. E em união com Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

 

Apocalipse 11, 19a 12, 1-6a.10ab

19aO templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo. 12, 1Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. 3E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. 4A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse. 5Ela teve um filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono 6ae a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. 10abE ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».

 

Sob a imagem da Arca (v. 19) e da mulher (vv. 1-17) é-nos apresentada, na intenção da Liturgia, a Virgem Maria. Entretanto os exegetas continuam a discutir, sem chegar a acordo, se estas imagens se referem à Igreja ou a Maria. Sem nos metermos numa questão tão discutida, podemos pensar com alguns estudiosos que a Mulher simboliza, num primeiro plano, a Igreja, mas, tendo em conta as relações tão estreitas entre a Igreja e Maria -«membro eminente e único da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade… sua Mãe amorosíssima» (Vaticano II, LG 53) – podemos englobar a Virgem Maria nesta imagem da mulher do Apocalipse. Tendo isto em conta, citamos o comentário de Santo Agostinho ao Apocalipse (Homilia IX):

4-5 «O Dragão colocou-se diante da mulher»: «A Igreja dá à luz sempre no meio de sofrimentos, e o Dragão está sempre de vigia a ver se devora Cristo, quando nascem os seus membros. Disse-se que deu à luz um filho varão, vencedor do diabo».

6 «E a mulher fugiu para o deserto»: «O mundo é um deserto, onde Cristo governa e alimenta a Igreja até ao fim, e nele a Igreja calca e esmaga, com o auxílio de Cristo, os soberbos e os ímpios, como escorpiões e víboras, e todo o poder de Satanás».

 

Salmo Responsorial

Sl 44 (45), 10.11.12.16 (R. cf. 10b)

 

Monição: O Salmo que nos é proposto para cantar é um hino de louvor dirigido pelo noivo à esposa no dia das núpcias.

A Liturgia aplica-o ao canto de glória em honra de Maria, na sua Assunção em corpo e alma ao Céu. Associemo-nos ao triunfo de Maria

 

Refrão:        À VOSSA DIREITA, SENHOR, A RAINHA DO CÉU,  ORNADA DO OURO MAIS FINO.

 

Ou:               À VOSSA DIREITA, SENHOR, ESTÁ A RAINHA DO CÉU.

 

Ao vosso encontro vêm filhas de reis,

à vossa direita está a rainha, ornada com ouro de Ofir.

 

Ouve, minha filha, vê e presta atenção,

esquece o teu povo e a casa de teu pai.

 

Da tua beleza se enamora o Rei

Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.

 

Cheias de entusiasmo e alegria,

entram no palácio do Rei.

 

Segunda Leitura

 

Monição: Para S. Paulo, na Primeira Carta aos fiéis de Corinto, Maria é nova Eva. Jesus Cristo Novo Adão, faz da Virgem Santa Maria uma nova Eva, a Mãe da Vida, sinal de esperança para todos os homens.

 

Coríntios 15, 20-27

Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. 21Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos 22porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. 23Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. 25É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. 26E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés. 27Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido é claro que se exceptua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas.

 

É a partir deste texto e do de Romanos 5 que os Padres da Igreja estabelecem a tipologia baseada num paralelismo antiético, entre Eva e Maria: Eva, associada a Adão no pecado e na morte; Maria, associada a Cristo na obra de reparação do pecado e na ressurreição.

20-23 S. Paulo, começando por se apoiar no facto real da Ressurreição de Cristo, procura demonstrar a verdade da ressurreição dos já falecidos (vv. 1-19). Nestes versículos, diz que «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (v. 20). As primícias eram os primeiros frutos do campo que se deviam oferecer a Deus e só depois se podia comer deles (cf. Ex 28; Lv 23, 10-14; Nm 15, 20-21). De igual modo, Cristo nos precede na ressurreição. Nós (exceptuando pelo menos a Virgem Maria) havemos de ressuscitar «por ocasião da sua vinda» (v. 23). Não se pode confundir esta ressurreição sobrenatural e misteriosa de que aqui se fala com a imortalidade da alma. O Credo do Povo de Deus de Paulo VI, no nº 28, diz: «Cremos que as almas de todos aqueles que morrem na graça de Cristo – tanto as que ainda devem ser purificadas com o fogo do Purgatório, como as que são recebidas por Jesus no Paraíso logo que se separem do corpo, como o Bom Ladrão – constituem o Povo de Deus depois da morte, a qual será destruída por completo no dia da Ressurreição, em que as almas se unirão com os seus corpos». Por seu turno, a S. Congregação para a Doutrina da Fé, na carta de 17-5-79, declara: «A Igreja, ao expor a sua doutrina sobre a sorte do homem depois da morte, exclui qualquer explicação com que se tirasse o seu sentido à Assunção de Nossa Senhora, naquilo que esta tem de único, ou seja, o facto de ser a glorificação que está destinada a todos os outros eleitos».

 

Aclamação ao Evangelho       

 

Monição: Aclamemos o Evangelho que nos revela o segredo do triunfo de Maria que hoje celebramos.

Que ele avive em nosso coração a esperança de que também nós – salvas as diferenças – seremos um dia glorificados.

 

ALELUIA

 

Maria foi elevada ao Céu: alegra-se a multidão dos Anjos.

 

 

Evangelho

 

São Lucas 1, 39-56

39Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. 40Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo 42e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? 44Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. 45Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». 46Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. 49O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. 50A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. 51Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. 52Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. 53Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. 54Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, 55como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». 56Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

 

Os estudiosos descobrem neste relato uma série de ressonâncias vetero-testementárias, o que corresponde não apenas ao estilo do hagiógrafo, mas sobretudo à sua intenção teológica de mostrar como na Mãe de Jesus se cumprem as figuras do A.T.: Maria é a verdadeira e nova Arca da Aliança (comparar Lc 1, 43 com 2 Sam 6, 9 e Lc 1, 56 com 2 Sam 6, 11) e a verdadeira salvadora do povo, qual nova Judite (comparar Lc 1, 42 com Jdt 13, 18-19) e qual nova Ester (Lc 1, 52 e Est 1 – 2).

39 «Uma cidade de Judá». A tradição documentada a partir do séc. IV diz que é Ain Karem (fonte da vinha), uma povoação a uns 6 Km a Oeste da cidade nova de Jerusalém. De qualquer modo, ficaria a uns quatro ou cinco dias de caminho em caravana desde Nazaré (130 Km). Maria empreende a viagem movida pela caridade e espírito de serviço. A «Mãe do meu Senhor» (v. 43) não fica em casa à espera de que os Anjos e os homens venham servir a sua rainha; e Ela mesma, que se chama «escrava do Senhor» (v. 38), «a sua humilde serva» (v. 48), apressa-se em se fazer a criada da sua prima e de acudir em sua ajuda. Ali permanece, provavelmente, até depois do nascimento de João, uma vez que S. Lucas nos diz que «ficou junto de Isabel cerca de três meses».

42 «Bendita és Tu entre as mulheres». Superlativo hebraico: a mais bendita de todas as mulheres.

43-44 «A Mãe do meu Senhor». As palavras de Isabel são proféticas: o mexer-se do menino no seu seio (v. 41) não era casual, mas «exultou de alegria» para também ele saudar o Messias e sua Mãe.

46-55 O cântico de Nossa Senhora, o Magnificat, é um poema de extraordinária beleza poética e elevação religiosa. Dificilmente poderiam ficar melhor expressos os sentimentos do coração da Virgem Maria – «a mais humilde e a mais sublime das criaturas» (DANTE, Paraíso, 33, 2) –, em resposta à saudação mais elogiosa (vv. 42-45) que jamais se viu em toda a Escritura. É como se Maria dissesse que não havia motivo para uma tal felicitação; tudo se deve à benevolência, à misericórdia e à omnipotência de Deus. Sem qualquer referência ao Messias, refulge aqui a alegria messiânica da sua Mãe e a sua humildade num extraordinário hino de louvor e de agradecimento. O cântico está todo entretecido de reminiscências bíblicas, sobretudo do cântico de Ana (1 Sam 2, 1-10) e dos Salmos (35,9; 31, 8; 111, 9; 103, 17; 118, 15; 89, 11; 107, 9; 98, 3); cf. também Hab 3, 18; Gn 29, 32; 30, 13; Ez 21, 31; Si 10, 14; Mi 7, 20. Ao longo dos tempos, muitos e belos comentários se fizeram ao Magnificat; mas também é conhecida a abordagem libertacionista, abundando leituras materialistas utópicas, falsificadoras do genuíno sentido bíblico, com base no princípio marxista da luta de classes. Com efeito, a transformação social que é urgente realizar, não se consegue com o inverter a ordem social, o «derrubar os poderosos dos seus tronos» e o «despedir os ricos de mãos vazias». Eis o comentário da Encíclica Redemptoris Mater, nº 36: «Nestas sublimes palavras… vislumbra-se a experiência pessoal de Maria, o êxtase do seu coração; nelas resplandece um raio do mistério de Deus, a glória da sua santidade inefável, o amor eterno que, como um dom irrevogável, entra na história do homem».

 

Sugestões para a homilia

 

• Maria, Sinal do Amor de Deus

A Virgem do Apocalipse

Maria, nossa Advogada

Ela vencerá!

• O itinerário de Maria para a glorificação

Caridade ardente

Humildade profunda

Tudo para glória de Deus

 

A Assunção de Maria é um dogma solenemente definido por Pio XII em 1 de Novembro de 1950, segundo o qual Nossa Senhora, no termo da sua vida mortal, foi elevada ao céu em corpo e alma.

Definido o dogma só em nossos dias, a sua festa começou logo no princípio da Igreja, a seguir à sua Assunção ao Céu.

A Assunção da Virgem Santa Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos (Catecismo da Igreja Católica, n.º 966).

Os Orientais celebram este mistério desde o século V com o nome de «Dormição de Maria». No calendário da Igreja latina celebra-se, com a categoria de solenidade, a 15 de Agosto.

1. Maria, Sinal do Amor de Deus

Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.

Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».

É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (Conc. Vaticano II, Lumen Gentium, n.º 59).

Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).

O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, da qual Maria já está a gozar.

A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! É o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!

 

a) A Virgem do Apocalipse. «Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça

O texto do Apocalipse emprega uma linguagem simbólica:

– Uma mulher revestida de sol. Maria é «a cheia de graça», como nome próprio, como A tratou o Arcanjo. Está revestida com o sol da graça. Encontramos aqui uma alusão à Imaculada Conceição, à Mulher do Apocalipse que venceu o dragão.

– Com a lua debaixo dos pés. Maria é Rainha de toda a criação, porque é a Mãe do Rei.

– E uma coroa de doze estrelas na cabeça. As doze estrelas aparecem como alusão às doze tribos de Israel. Em última análise, alude-se à Igreja, Povo de Deus da nova Aliança.

Maria é o grande sinal que apareceu no céu da nossa vida, enviado por Deus:

– Sinal da omnipotência divina à nossa disposição para nos ajudar nas dificuldades da vida. Maria é a omnipotência suplicante. Quando pedimos o que está em conformidade com a vontade de Deus, Maria alcança-no-lo.

– Sinal do Amor e da benevolência de Deus em nosso favor. Há uma tendência nas pessoas para ver em tudo ameaças de Deus. O Senhor não ameaça; atrai com o Seu Amor perseverante e paciente, esperando a nossa resposta generosa. Em qualquer momento que o desejemos, Ele acolhe-nos.

(Com quanto solicitude nos avisou Nossa Senhora de que não entraríamos em guerra! A irmã Lúcia e a beata Alexandrina foram as mensageiras desta carícia da Mãe).

 

b) Maria, nossa Advogada. «Ela teve um filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro

Deus quis dar-nos em Maria, nossa Mãe, a melhor das advogadas. Ao contemplá-la na sua maternidade, compreendemos melhor o amor misericordioso de Deus para connosco.

Por isso, a Igreja canta: «Lembrai-vos, ó Virgem-Mãe, quando estiverdes diante de Deus, de Lhe dizer coisas boas em nosso favor.»

Nós invocamo-l’A como medianeira, não porque Ela se oponha à vontade de Deus, para nos favorecer. Pelo contrário, como Mãe desvelada, ajuda-nos a cumprir a vontade do Senhor e alcança-nos as graças para o conseguirmos fazer.

Valemo-nos da sua intercessão, porque é a Mãe do Rei. (S. Luís Maria de Monforte explica-nos deste modo a mediação de Maria. Se um lavrador resolve oferecer uma cesta de maçãs ao rei e lhas faz chegar pela mão da Rainha, esta prepara-as, enriquecendo a sua aparência e torna-as mais agradáveis ao Rei pela simpatia que a rainha goza junto dele. Assim são as nossas boas obras, quando as apresentamos pelas mãos imaculadas de Maria).

Por isso aproximemo-nos cheios de confiança do trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia.

 

c) Ela vencerá! «E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: ‘Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido‘.»

Quando olhamos para os acontecimentos desta vida apenas com os olhos do corpo e o pobre raciocínio que se vê incapaz de explicar tantos mistérios, corremos o risco de nos tornarmos pessimistas.

A vitória de Deus – na qual tomaremos parte – está prometida e garantida. A única interrogação é se queremos ou não participar nela por uma vida limpa e apostólica.

Não há, pois, lugar para pessimismos ou complexos de inferioridade. O importante é não deixarmos de fazer aquilo que nos está confiado. Foi esta negligência dos cristãos que deixou o mundo resvalar até às posições absurdas que se assumem nas nossas leis.

A confiança na vitória de Maria não pode justificar a nossa preguiça. É verdade que sofremos, desde sempre, uma tentação: esperar que Deus faça tudo, para podermos continuar a dormir.

Quando o Senhor nos pede colaboração para o bem não é porque se veja incapaz de o fazer, mas porque nos quer enriquecer num trabalho de mãos dadas com Ele, intensificando cada vez mais a nossa vida em comunhão.

Confiança Em Deus, por Maria, e trabalho generoso é, pois, o que o Senhor nos pede nesta solenidade da Assunção de Maria.

2. O itinerário de Maria para a glorificação

No cântico do Magnificat entoado por Maria em casa de Isabel e que a Igreja não se cansa de repetir, encontramos a indicação do itinerário que Nossa Senhora nos ensina para alcançarmos a glória final.

 

a) Caridade ardente. «Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá

O Arcanjo revela a Nossa Senhora, na Anunciação, que Zacarias e Isabel iam ver realizado o maior sonho da sua vida: ter um filho.

Dois pensamentos a fazem parir para a sua casa: felicitá-la por este dom de Deus e oferecer-lhe os seus préstimos no serviço domésticos, nos últimos tempos da gravidez.

O Evangelho descreve a sua ida como sendo feita apressadamente. Esta palavra sugere-nos a prontidão da caridade e a alegria com que se desempenha desta missão.

Uma das dimensões essenciais da vida do cristão é o amor aos outros que se exprime também em partilhar a alegria e oferecer uma ajuda.

Não é fácil viver esta exigência, porque fomos crescendo num cristianismo individualista que nada tem a ver com os ensinamentos de Jesus. O «salve-se quem puder» não faz sentido na vida cristã. Deus chama as pessoas uma a uma, dentro da família que é a Igreja, para que nos ajudemos mutuamente.

E, de facto, a visita de Nossa Senhora produz frutos admiráveis. «Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo». Leva a alegria àquela família – de tal modo que o menino exultou de alegria no seio de Isabel – e possibilita que Jesus, concebido no momento da Anunciação, santifique João Baptista.

Maria permanece ali até ao nascimento do Precursor, realizando os trabalhos humildes de uma dona de casa e enchendo de alegria aquela família.

 

b) Humildade profunda. «Maria disse então: ‘A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.’»

Maria não quer negar a grandeza a que o Senhor A elevou. A humildade é a verdade. Mas proclama com toda a simplicidade que tudo o que aconteceu se deve à misericórdia do Altíssimo.

Não devemos negar as qualidades que recebemos e as graças que o Senhor nos tem concedido. O erro poderia estar em olharmos para tudo isto como se fosse devido exclusivamente ao nosso esforço pessoal, sem nenhuma referência a Deus.

É muito importante que nesta solenidade da glorificação de Maria a Igreja nos lembre a virtude da humildade.

Deus conta connosco para a viver em todos os momentos.

– Na vida pessoal. Devemos afastar-nos de dois extremos, ambos fruto do orgulho: o pessimismo, como se contássemos só connosco, cultivando uma visão pessimista e nós mesmos; e um optimismo néscio, como se tudo se devesse aos nossos méritos.

– Na vida com os outros. Se não podemos ter complexos de inferioridade para connosco, também não havemos de ter complexos de superioridade em relação aos outros.

Não há duas classes de pessoas: uma de primeira escolha e outra de segunda. Há uma só raça: a dos filhos de Deus.

Esta verdade há-de levar-nos a um profundo respeito pelos outros, sabendo compreender as suas limitações. Só Deus sabe os talentos que deu a cada um.

 

c) Tudo para glória de Deus! «É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés

Maria foi glorificada pelos méritos de Jesus Cristo, seu Filho. Foi em atenção a eles que o Pai antecipou a glorificação de Maria, pela sua ressurreição, logo que terminou a vida na terra.

Na Ressurreição de Cristo encontramos a garantia da nossa. Se Ele quis glorificar a Sua Mãe, não esperando para o fim dos tempos, foi pelo carinho infinito que lhe dedica.

Mas podemos ver neste facto mais uma razão: ao ver ressuscitar Jesus Cristo, poderíamos cair na tentação de pensar que a Sua Ressurreição era somente para Ele, porque é Deus. Ao glorificar Maria – a primeira criatura a assumir em corpo e alma a glorificação definitiva – aviva a nossa esperança, porque se trata de uma criatura como nós.

Para que a nossa ressurreição final fosse possível, Jesus deixou-nos um penhor e força infinita na Santíssima Eucaristia.

Por isso, a Igreja insiste com solicitude para que participemos da Missa Dominical e comunguemos com as necessárias disposições.

Seguindo o caminho de Maria, chegaremos à glorificação final.

 

Queridos irmãos e irmãs!

Celebramos hoje a solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Trata-se de uma festa antiga, que tem o seu fundamento último na Sagrada Escritura: de facto, ela apresenta a Virgem Maria estreitamente unida ao seu Filho divino e sempre solidária com Ele. Mãe e Filho mostram-se estreitamente associados na luta contra o inimigo infernal até à plena vitória sobre ele.

Esta vitória expressa-se, em particular, na superação do pecado e da morte, isto é, em vencer aqueles inimigos que São Paulo apresenta sempre em conjunto (cf. Rm 5, 12.15-21; 1 Cor 15, 21-26). Por isso, como a ressurreição gloriosa de Cristo foi o sinal definitivo desta vitória, também a glorificação de Maria no seu corpo virginal constitui a confirmação final da sua plena solidariedade com o Filho tanto na luta quanto na vitória.

Deste profundo significado teológico do mistério fez-se intérprete o Servo de Deus o Papa Pio XII ao pronunciar, a 1 de Novembro de 1950, a solene definição dogmática deste privilégio mariano. Ele declarava: «Deste modo a venerável Mãe de Deus, arcanamente unida a Jesus Cristo desde toda a eternidade com o mesmo decreto de predestinação, Imaculada na sua Conceição, Virgem ilibada na sua divina maternidade, generosa Sócia do Divino Redentor, que alcançou um triunfo pleno sobre o pecado e sobre as suas consequências, no final, como supremo coroamento dos seus privilégios, pôde ser preservada da corrupção do sepulcro e, tendo vencido a morte, como já o seu Filho, ser elevada em alma e corpo à glória do Céu, onde resplandece Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos» (Const. Munificentissimus Deus: AAS 42 [1950], 768-769).

Queridos irmãos e irmãs, elevada ao céu, Maria não se afastou de nós, mas permanece ainda mais próxima e a sua luz projecta-se sobre a nossa vida e sobre a história da humanidade inteira.

Atraídos pelo esplendor celeste da Mãe do Redentor, recorramos com confiança àquela que do alto nos guarda e nos protege. Todos temos necessidade da sua ajuda e do seu conforto para enfrentar as provas e os desafios de cada dia; precisamos de a sentir mãe e irmã nas situações concretas da nossa existência. E para poder partilhar um dia também para sempre o seu mesmo destino, imitemo-la agora no dócil seguimento de Cristo e no generoso serviço aos irmãos. Este é o único modo para saborear, já na nossa peregrinação terrena, a alegria e a paz que vive em plenitude quem alcança a meta imortal do Paraíso.

 

Papa Bento XVI, Angelus, 15 de Agosto de 2007

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

INTRODUÇÃO

 

Maria guardou cuidadosamente a Palavra de Deus no seu Coração Imaculado e procurou transformá-la em vida.

Indicou-nos, com o seu exemplo materno, o caminho que havemos de seguir.

Para o fazermos com diligência e amor temos necessidade do Alimento da Eucaristia. Sabendo isso, Jesus vai agora preparar para nosso Alimento, recorrendo ao ministério do sacerdote, o Seu Corpo e Sangue. Avivemos a nossa fé na Presença Real.

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Suba até Vós, Senhor, a nossa humilde oferta e, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, elevada ao Céu, fazei que os nossos corações, inflamados na caridade, se dirijam continuamente para Vós. Por Nosso Senhor…

 

Prefácio

 

A glória da Assunção de Maria

 

V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

 

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

 

V. Demos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

 

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, e louvar-Vos, bendizer-Vos e glorificar-Vos na Assunção da Virgem Santa Maria.

Hoje a Virgem Mãe de Deus foi elevada à glória do Céu. Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante, ela é sinal de consolação e esperança para o vosso povo peregrino. Vós não quisestes que sofresse a corrupção do túmulo aquela que gerou e deu à luz o Autor da vida, vosso Filho feito homem.

Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a Vossa glória, cantando com alegria:

 

SANTO

 

SAUDAÇÃO DA PAZ

 

Maria, elevada gloriosamente ao Céu em corpo e alma, é Arca da Nova Aliança, o sinal de paz que Deus envia ao seu povo.

Colaboremos com a missão de Maria, tornando-nos sinais de paz uns para com os outros.

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

O Senhor preparou para nós um Banquete, prenúncio e garanti da comunhão de amor que preparou para nós no Céu.

Querendo que possamos seguir o itinerário de Nossa Senhora, convida-nos a recebê-l’O na Sagrada Comunhão.

Aceitemos o Seu convite generoso e comunguemos com amor.

 

Lc 1, 48-49

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque o Senhor fez em mim maravilhas.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos alimentastes com o pão da vida eterna, concedei-nos, por intercessão da Virgem Santa Maria, elevada ao Céu, a graça de chegarmos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor…

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Celebrámos com alegria a solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma. Saboreemos esta alegria, não apenas hoje, mas sempre.

Aproximemos os nossos amigos do Coração Imaculado, caminho seguro e fácil para chegar até Deus.

 

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

20ª SEMANA

 

2ª Feira, 19-VIII: Obstáculos para seguir o Senhor.

Ez 24, 15-24 / Mt 19, 16-22

Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, pois tinha muitos bens.

«’Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?’ (Ev.). Ao jovem que lhe faz esta pergunta, Jesus responde, primeiro, invocando a necessidade de reconhecer a Deus, como Único Bom, o Bem por excelência e a fonte de todo o bem» (CIC, 2052).

Que obstáculos há na nossa vida para estarmos mais perto do Senhor? Procuramos seguir os seus ensinamentos que, são por vezes, exigentes? Imitamos o seu modo de vida, no campo do desprendimento? Procuramos ir ao seu encontro nos momentos de oração? Temo-lo presente durante o trabalho, no descanso, nas alegrias e nas contrariedades?

 

3ª Feira, 20-VIII: A salvação e o desprendimento.

Ez 28, 1-10 / Mt 19, 23-30

Quem pode então salvar-se? Jesus olhou para eles e respondeu-lhes: Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível.

«Sendo verdade que ninguém se pode salvar a si mesmo, também é verdade que Deus quer que todos se salvem e que a Ele tudo é possível (Ev.)» (CIC, 276).

Para quem praticar renúncias (deixar casa, família, campos…) por amor de Deus, a recompensa excede as capacidades humanas. Só Deus a pode conceder: «Receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna» (Ev.). Pode no entanto passar pela cabeça dos homens quererem ser senhores do mundo: «o teu coração encheu-se de orgulho, e tu disseste: Sou um deus…Mas tu não passas de um homem, não és deus» (Leit.). Que Deus no ajude a rejeitar tudo o que d’Ele nos afastar.

 

4ª Feira, 21-VIII: Convite para trabalhar na vinha do Senhor.

Ez 34, 1-11 / Mt 20, 1-16

O reino dos céus é semelhante a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.

O Senhor chama-nos, desde o princípio do dia a trabalhar na sua vinha (Ev.), e a cuidar do seu rebanho (Leit.).

Trabalhar na sua vinha significa cuidar das coisas que se referem a Deus: melhorar a vida cristã; procurar arranjar algum tempo para Deus durante o dia; vencer o nosso egoísmo e a preguiça… Cuidar do seu rebanho significa participar na construção do reino de Deus na terra: melhorar as condições do mundo em que vivemos: económicas, sociais, políticas e culturais; ajudar a família e os amigos, que Deus nos confiou, a aproximarem-se do Senhor…

 

5ª Feira, 22-VIII: Um traje adequado.

Ez 36, 23-28 / Mt 22, 1-14

O rei, quando entrou para observar os convivas, viu lá um homem que não vestia traje de cerimónia.

«Jesus chama para entrar no Reino, por meio de parábolas… Por meio delas, convida para o banquete do Reino (Ev.), mas exige também uma opção radical» (CIC, 546). Neste caso, a exigência do Senhor é um traje adequado (a graça de Deus).

Para conseguirmos o traje adequado, o Senhor vem em nosso auxílio: derramará sobre nós águas puras, para ficarmos limpos; dar-nos-á um coração renovado e um espírito novo; substituirá o nosso coração de pedra por um de carne (Leit.). Pela nossa parte, procuremos viver melhor a nossa oração, preparemos bem a nossa comunhão eucarística, mantenhamos a presença de Deus ao longo do dia…

 

6ª Feira, 23-VIII: O conteúdo amor.

Ez 37, 1-14 / Mt 22, 34-40

Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.

«Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas ambos vivem do amor proveniente com que Deus nos amou primeiro» (Deus é amor, 18). É o próprio Deus que derrama em nossas corações o seu amor, por meio do Espírito Santo: «vou mandar-vos um sopro de vida e tornareis a viver» (Leit.).

O conteúdo do amor é: «’Idem velle atque idem nolle’– querer a mesma coisa e rejeitar a mesma coisa é, segundo os antigos, o autêntico conteúdo do amor: um tornar-se semelhante ao outro, que leva à união do querer e do pensar» (Deus é amor, 17).

 

Sábado, 24-VIII: Humildade e espírito de serviço.

Ez 43, 1-7 / Mt 23, 1-12

Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não procedais segundo as suas obras, pois eles dizem e não fazem.

Os escribas e fariseus procuravam apenas a sua própria glória (Ev.). Pelo contrário, a glória pertence exclusivamente a Deus (Leit.) Por isso, o Senhor chama a atenção para a importância da virtude da humildade (Ev.).

Para servirmos o próximo, procuremos imitá-lo: ‘O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir’. «Com humildade, fará o que lhe for possível realizar e, com humildade, confiará o resto ao Senhor. Só prestamos ao próximo o nosso serviço na medida do possível e até onde Ele nos dá força» (Deus é amor, 35). No local de trabalho e na vida familiar, procuremos transmitir um ambiente de paz e alegria.

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:         FERNANDO SILVA

Nota Exegética:                    GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                  NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                DUARTE NUNO ROCHA

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