Roteiro Homilético – III Domingo de Páscoa – Ano C

RITOS INICIAIS

 

Salmo 65, 1-2

ANTÍFONA DE ENTRADA: Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores. Aleluia.

 

Diz-se o Glória.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

O Evangelho desta Eucaristia fortalece a nossa fé com a nova aparição de Cristo aos Apóstolos e a pesca miraculosa. Mas a grande mensagem do referido Evangelho é esta: Pescar sem Cristo as almas é quase inútil. A pesca no seio da Igreja de Cristo será sempre miraculosa, quando é Ele que preside à pesca das almas.

Na pesca das almas: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens» (Primeira Leitura).

Perante as pescas miraculosas digamos: «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos» (Segunda Leitura).

 

ORAÇÃO COLECTA: Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora por se ver restituído à glória da adopção divina, aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: Na vida da Igreja devemos ter presentes estas palavras de São Pedro: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens».

 

Actos dos Apóstolos 5, 27b-32.40b-41

Naqueles dias, 27bo sumo sacerdote falou aos Apóstolos, dizendo: 28«Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem». 29Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. 30O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro. 31Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados. 32E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem». Então os judeus mandaram açoitar os Apóstolos, 40bintimando-os a não falarem no nome de Jesus, e depois soltaram-nos. 41Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus.

 

A leitura, por motivo de brevidade, omite a sensata intervenção de Gamaliel que livra os Apóstolos de virem a ser mortos (vv. 34-39).

41 «Saíram cheios de alegria». Assim mostravam como sofrer por Jesus era uma dita e uma glória (cf. Mt 5, 10-12; Lc 6, 22-23); agora, o seu seguimento de Cristo era mais perfeito, e mais completa a sua colaboração na obra da Redenção (cf. Col 1, 24).

«Por causa do Nome». A nossa tradução acrescentou: «de Jesus»: o Nome por excelência era o nome divino – Yahwéh –, que os Judeus evitavam pronunciar, por motivo de máxima reverência. Referir-se a Jesus desta maneira é identificá-lo com o Nome por antonomásia, isto é, com o próprio ser divino; não é em vão que na composição da palavra hebraica correspondente ao nome de Jesus entra uma abreviatura de Yahwéh.

 

 

Salmo Responsorial

Sl 29 (30), 2.4-6.11-12a.13b (R. 2a ou Aleluia)

 

Refrão:        EU VOS LOUVAREI, SENHOR, PORQUE ME SALVASTES.

 

Ou:               ALELUIA.

 

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes

e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.

Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,

vivificastes-me para não descer à cova.

 

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,

e dai graças ao seu nome santo.

A sua ira dura apenas um momento

e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas

e ao amanhecer volta a alegria.

 

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,

Senhor, sede Vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:

Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

 

Segunda Leitura

 

Monição: No texto do Apocalipse o Apóstolo São João faz-nos delirar com o relato da visão que teve.

 

Apocalipse 5, 11-14

Eu, João, na visão que tive, 11ouvi a voz de muitos Anjos, que estavam em volta do trono, dos Seres Vivos e dos Anciãos. Eram miríades de miríades e milhares de milhares, 12que diziam em alta voz: «Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor». 13E ouvi todas as criaturas que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e o universo inteiro, exclamarem: «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos». 14Os quatro Seres Vivos diziam: «Ámen!»; e os Anciãos prostraram-se em adoração.

 

A leitura é extraída da visão introdutória do Apocalipse, em que o autor, arrebatado ao Céu, contempla a Deus no seu trono glorioso – com uma imponente guarda de honra – (v. 11), donde dirige os destinos do cosmos e da Igreja, os quais constituem um mistério insondável, simbolizado no livro fechado com sete selos, que só o Cordeiro tem o poder de abrir. O trecho da leitura contém a aclamação vitoriosa ao Cordeiro, posto no mesmo nível de Deus: os sete atributos – «o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor» (v. 12) – são a manifestação de que o Cordeiro possui em plenitude a natureza divina. A grandiosidade desta aclamação foi genialmente posta em música no sublime coro final do Messias de Händel.

14 «Os (quatro) Seres Vivos e os (vinte e quatro) Anciãos». Cf. Apoc 4, 4.6. Trata-se de figuras, ou símbolos, deveras misteriosos: serão seres humanos, ou antes seres angélicos de especial categoria e significado? Se se entenderem os Quatro Viventes como 4 Anjos encarregados do governo do Universo, com referência aos 4 pontos cardeais e aos quatro elementos da Natureza (terra, fogo, água e ar), e os 24 Anciãos como Anjos que representam quer as 24 classes sacerdotais (cf. 1 Crón 24, 7-18), quer os fiéis em geral (a «Igreja Universal», segundo Santo Agostinho), então este texto atinge uma grandiosidade empolgante, uma verdadeira apoteose universal em que se unem, num coro retumbante, a Liturgia do Céu e a Liturgia da Terra para uma aclamação universal «Àquele que está sentado no trono», isto é, «ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo» (Santo Agostinho) «e ao Cordeiro», isto é, à Humanidade Santíssima de Cristo Redentor glorioso. Deste modo, ao coro celeste de incontáveis vozes dos Anjos (vv. 11-12) responde o coro do Universo, todas as criaturas que há no Céu, na Terra, no Xeol e no Mar (v. 13). Este louvor e adoração, que partiu dos Anjos, depois de encontrar eco na Humanidade resgatada e de repercutir em todo o Cosmos, volta a ser recapitulado pelos representantes dos Anjos e dos homens e de toda a Criação: os quatro Seres Vivos e os 24 Anciãos (v. 14).

 

Aclamação ao Evangelho

 

Monição: Senhor, em Vós louvarei eternamente.

 

ALELUIA

 

Ressuscitou Jesus Cristo, que criou o universo e Se compadeceu do gênero humano.

 

 

Evangelho*

* O texto que está entre parêntesis pertence à forma longa e pode ser omitido

 

Forma longa: São João 21, 1-19                         Forma breve: São João 21, 1-14

Naquele tempo, 1Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: 2Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. 3Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. 4Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. 5Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?» Eles responderam: «Não». 6Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. 7O discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. 8Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. 9Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.10Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». 11Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. 12Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes. 14Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

[15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». 16Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?» Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». 17Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». 19Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».]

 

1-14 Esta pesca milagrosa tem um acentuado carácter simbólico, aludindo à missão da Igreja no mundo – Jesus na praia e os discípulos (pescadores de homens: cf. Mc 1, 17; Lc 5, 10) no meio do mar – com Pedro à sua frente (vv. 3.7.11). Ao acentuar que «não se rompeu a rede» (v. 11), em contraste com Lc 5, 6-7, parece que se alude à unidade da Igreja. A sua universalidade está aludida ao falar da abundância dos peixes (v. 6); e esta universalidade aparece reforçada se temos em conta que o número 153 pode ser um número simbólico de plenitude, ao corresponder a 17, isto é, 10+7, dois números plenos (com efeito, o número 153 obtém-se somando 1+2+3+4+5+… até 17). Também há quem veja em 153 um recurso à gematria (valor literal dos números), para aludir à Igreja como comunidade de amor (em hebraico: qahal hahaváh = 153). Também se pode ver na refeição e nos gestos de Jesus (v. 13) uma alusão à Eucaristia, pois é Ele quem oferece pão e peixes que eles não tinham pescado (v. 9; cf. Jo 6, 1-13).

8 «Duzentos côvados», isto é, cerca de 90 metros.

15-18. É fácil de ver na tripla confissão de amor uma reparação da sua tripla negação (Jo 18, 17.25-27). Mais ainda, na redacção do texto grego, pode ver-se também um jogo de palavras muito expressivo, pois na 1ª e 2ª pergunta Jesus interroga Pedro com um verbo de amor mais divino, profundo e intelectual –«amas-Me?» (em grego, agapâs me), ao passo que Pedro responde com um verbo de simples afeição e amizade – «sou teu amigo» (em grego, filô se); à 3ª vez, Jesus condescende com Pedro, usando este segundo verbo, e Pedro ficou triste por pensar que esta mudança de Jesus se devia à imperfeição do seu amor. Toda a Tradição católica viu neste encargo de pastorear todo o rebanho de Cristo – «cordeiros» e «ovelhas» – o ministério petrino, no cumprimento da promessa do primado (Mt 16, 17-19 e Lc 22, 31-32; cf. 1 Pe 5, 2.4 e Concílio Vaticano II, LG 18).

18-19. «Estenderás as mãos» é uma provável alusão à crucifixão de Pedro em Roma, na perseguição de Nero, em 64 ou 67, segundo a tradição documentada já por S. Clemente, no século I, que também diz que Pedro, por humildade, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo (cf. 2 Pe 1, 14; Jo 13, 36).

 

Sugestões para a homilia

 

A Primeira Leitura da Eucaristia deste 3.º Domingo da Páscoa apela à formação religiosa de todos os cristãos.

Reparemos no diálogo entre o Sumo Sacerdote e os Apóstolos:

Sumo Sacerdote: «Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem».

Pedro e os Apóstolos respondem: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens». De seguida, dão-lhe uma lição sobre vários temas. Donde lhes vem todos estes conhecimentos? Da escola de Jesus.

«Então os judeus mandaram açoitar os Apóstolos». Isto não impediu os Apóstolos de continuar a ensinar.

Hoje, os cristãos não têm a preocupação de ensinar. Isto acontece por várias causas: acanhamento, cobardia, etc.

No Evangelho da Eucaristia de hoje repare-se na sua verdadeira mensagem.

A Igreja de Jesus Cristo, constituída por Cristo, que é a Cabeça da Igreja, pela Hierarquia e os verdadeiros cristãos, que são o seu Corpo, formam o Cristo Total.

A quem compete a maior responsabilidade no seio da Igreja? A Jesus Cristo.

Reparem que os Apóstolos pescaram toda a noite e o seu trabalho foi em vão. Nada pescaram. Vem Jesus e pergunta: «Rapazes tendes alguma coisa de comer»? Eles responderam. «Não» Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis».

Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.

Qual a lição a tirar da síntese deste texto?

Não é difícil descobri-la.

Sem Cristo nada pescaram. Com Cristo a pesca foi abundante.

Na Igreja de Cristo será sempre assim. Tudo depende de Cristo e da nossa colaboração.

Jesus Cristo faz-nos participantes da eficácia do trabalho de santificação de cada membro da Igreja. A salvação dos outros também depende de ti. Cada um de nós deve fazer o melhor que sabe e pode. Não somos irresponsáveis. Cristo não prescinde do mais pobrezinho. Prestaremos contas daquilo que devíamos ter feito e não realizámos.

Para tal a formação religiosa é indispensável. Ninguém dá o que não tem. Se não cultivamos a nossa formação religiosa não teremos capacidade para ajudar os nossos amigos que vivem afastados da Missa dominical, da oração, do Sacramento da Penitência, etc.

Na Igreja de Cristo ninguém está dispensado de ajudar na pesca. Há lugar para todos.

Jesus não manda ninguém para férias.

Não esqueceremos que, primeiro que a nossa formação, está a nossa santificação. As duas coisas são simultâneas. Os santos, que são sábios, foram sempre os melhores conquistadores de almas.

Será sempre assim. Não prescindir de nenhuma das coisas. Os tempos de hoje são muito exigentes.

 

Fala o Santo Padre

 

«O Ressuscitado, vive também hoje, e para todas as gerações Ele é o ‘salvador’ que torna justa a nossa vida.»

 

Queridos irmãos e irmãs!

[…] No tempo pascal a Igreja apresenta-nos, em cada domingo, alguns trechos da pregação com que os Apóstolos, em particular Pedro, depois da Páscoa convidavam Israel à fé em Jesus Cristo, o Ressuscitado, fundando assim a Igreja. Na hodierna leitura os Apóstolos estão diante do Sinédrio diante desta instituição que, tendo declarado Jesus réu de morte, não podia tolerar que este Jesus, mediante a pregação dos Apóstolos, agora começasse a agir de novo; não podia tolerar que a sua força restabelecedora se fizesse novamente presente e em volta deste nome se reunissem pessoas que acreditavam n’Ele como no Redentor prometido. Os Apóstolos são acusados. A reprovação é: «Quereis fazer pesar sobre nós o sangue daquele homem»: a esta acusação Pedro responde com uma breve catequese sobre a essência da fé cristã: «Não, não queremos fazer pesar o seu sangue sobre vós. O efeito da morte e ressurreição de Jesus é totalmente diverso. Deus fê-lo «chefe e salvador» de todos, também de vós, para o seu povo de Israel». E aonde conduz este «chefe», o que traz este «salvador»? Ele, assim nos diz São Pedro, conduz à conversão cria o espaço e a possibilidade de se corrigir, de se arrepender, de recomeçar. E Ele concede o perdão dos pecados introduz-nos na relação justa com Deus e assim na justa relação de cada qual consigo mesmo e com o próximo.

Esta breve catequese de Pedro não era válida só para o Sinédrio. Ela fala a todos nós. Pois Jesus, o Ressuscitado, vive também hoje. E para todas as gerações, para todos os homens Ele é o «chefe» que precede pelo caminho, mostra o caminho, e o «salvador» que torna justa a nossa vida. As duas expressões «conversão» e «perdão dos pecados», correspondentes aos dois títulos de Cristo «cabeça», archegós em grego, e «salvador», são as palavras-chave da catequese de Pedro, palavras que neste momento pretendem alcançar também o nosso coração. Que significam? O caminho que devemos fazer o caminho que Jesus nos indica, chama-se «conversão». Mas o que é? O que é preciso fazer? Em cada vida a conversão tem a sua própria forma, porque todo o homem é algo de novo e nenhum é o duplicado de outro. Mas no decorrer da história da cristandade o Senhor enviou-nos modelos de conversão, nos quais, se olharmos para eles, podemos encontrar orientação. Poderíamos por isso olhar para o próprio Pedro, ao qual o Senhor no cenáculo disse: «E tu, uma vez convertido, converte os teus irmãos» (Lc 22, 32). […]

 

Bento XVI, Pavia, 22 de Abril de 2007

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa. Vós que lhe destes tão grande felicidade, fazei-a tomar parte na alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio pascal: p. 469 [602-714] ou 470-473

 

SANTO

 

Monição da Comunhão

 

Jesus diz-nos: «Vinde comer».

O banquete não é o peixe que pescaram mas o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

 Jo 21,12-13

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Disse Jesus: Vinde comer. E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Olhai com bondade, Senhor para o vosso povo e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Quem não trabalha na Igreja de Jesus Cristo, com alegria e generosidade, está doente.

 

 

Celebração e Homilia:         ADRIANO TEIXEIRA

Nota Exegética:                    GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                  NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                DUARTE NUNO ROCHA

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