Roteiro Homilético – XIII Domingo do Tempo Comum – Ano A

RITOS INICIAIS

Sl 46, 2

ANTÍFONA DE ENTRADA: Louvai o Senhor, povos de toda a terra, aclamai a Deus com brados de alegria.

Introdução ao espírito da Celebração

Jesus está vivo na Eucaristia e torna-se presente através dos sacerdotes. Temos de saber descobri-Lo por detrás deles. Eles são o altifalante à disposição de Jesus. Escutemo-Lo. E rezemos hoje mais pelo Santo Padre e também pelos bispos e sacerdotes.

Para acolher a Jesus examinemos a nossa alma e purifiquemo-la pedindo perdão das nossas faltas.

ORAÇÃO COLECTA: Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz, não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor…

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: O Senhor recompensa a generosidade duma família de Israel para com o profeta de Deus. Anima-nos a sermos também nós generosos com os Seus enviados.

Reis 4, 8-11.14-16a

Certo dia, o profeta Eliseu passou por Sunam. 8Vivia lá uma distinta senhora, que o convidou com insistência a comer em sua casa. A partir de então, sempre que por ali passava, era em sua casa que ia tomar a refeição. 9A senhora disse ao marido: «Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus. 10Mandemos-lhe fazer no terraço um pequeno quarto com paredes de tijolo, com uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada. Quando ele vier a nossa casa, poderá lá ficar». 11Um dia, chegou Eliseu e recolheu-se ao quarto para descansar. 14Depois perguntou ao seu servo Giezi: «Que podemos fazer por esta senhora?». Giezi respondeu: «Na verdade, ela não tem filhos o seu marido é de idade avançada». 15«Chama-a» – disse Eliseu. O servo foi chamá-la e ela apareceu à porta. 16aDisse-lhe o profeta: «No próximo ano, por esta época, terás um filho nos braços»

A leitura tirada do chamado «ciclo de Eliseu» (2 Re 2, 2-13,21) fala-nos da recompensa dada à mulher sunamita (habitante de Xunem, na planície de Jezrael, na Galileia). Foi o prémio de ter acolhido um profeta por ele ser profeta, «um santo homem de Deus» (v. 9). Foi escolhida para hoje esta leitura com o fim de documentar as palavras de Jesus no Evangelho (Mt 10, 41). A mulher não queria acreditar que viesse a conceber, mas o prodígio veio dar-se (v. 17). A criança havia de vir a morrer e o mesmo profeta havia de, laboriosamente, a fazer regressar à vida (vv. 18-37).

Salmo Responsorial

Sl 88 (89), 2-3.16-17.18-19 (R. 2a)

Monição: O salmista canta a misericórdia de Deus e convida-nos a pôr n’Ele a nossas esperança. Rezemos com fé e alegria.

Refrão: CANTAREI ETERNAMENTE AS MISERICÓRDIAS DO SENHOR.

Ou:               EU CANTO PARA SEMPRE A BONDADE DO SENHOR.

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor

e para sempre proclamarei a sua fidelidade.

Vós dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre»,

no céu permanece firme a vossa fidelidade.


Feliz do povo que sabe aclamar-Vos

e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.

Todos os dias aclama o vosso nome

e se gloria com a vossa justiça.


Vós sois a sua força,

com o vosso favor se exalta a nossa valentia.

Do Senhor é o nosso escudo

e do Santo de Israel o nosso rei.

Segunda Leitura

Monição: Jesus, pelo baptismo, uniu-nos à Sua morte e ressurreição. Temos de esforçar-nos por viver, em cada dia, essa vida nova em Cristo.

Romanos 6, 3-4.8-11

Irmãos: 3Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele na sua morte, 4para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, para glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. 8Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, 9sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. 10Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida, é uma vida para Deus. 11Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

A ideia central da leitura é que, pelo Baptismo, o cristão rompeu com o pecado. S. Paulo, porém, não baseia a sua argumentação nas promessas e renúncias então feitas, mas vai mais o fundo, apelando para uma razão ontológica, a genuína antropologia cristã: pelo Baptismo deu-se uma união tão profunda com Cristo, que já não faz mais sentido o pecado na vida do cristão, como falsamente alguém poderia deduzir das afirmações anteriores – «uma vez que o pecado se multiplicou, superabundou a graça» (Rom 5, 20) – se, quanto mais se pecar, maior é a graça do perdão, então porque não continuar a pecar? A 1.ª parte de Rom 6 (vv. 1-11) é uma fundamentação teológica da vida em graça e a 2.ª parte (vv. 12-23) é uma veemente exortação a uma decidida renúncia ao pecado e a uma entrega à santificação.

3 «Baptizados em Cristo». A palavra grega, baptizar, significa imergir, mergulhar. O Baptismo por imersão que aqueles primeiros cristãos tinham recebido era um rito que lhes falava muito; o terem sido mergulhados na água do Baptismo era coisa que lhes ficava muito viva na memória. É para isto que S. Paulo apela: tinham sido mergulhados em Cristo; a preposição grega, «eis», significa, de preferência «para dentro de Cristo», isto é, para fazerem um só ser com Ele, para viverem a sua vida. «Baptizados na sua morte»: podemos perguntar por que é que, ao sermos mergulhados em Cristo, foi precisamente na sua Morte que fomos imersos? A razão é-nos dada no v. 10: é que, «pela morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre», isto é, morrendo pelos nossos pecados, liquidou definitivamente as contas com o pecado, não tendo que estar mais sujeito às consequências do pecado (sofrimento e morte), nem tendo ainda de o continuar a expiar. Ora o Baptismo, além de nos aplicar a eficácia salvífica da morte de Cristo, tem que representar também para nós uma morte definitiva para o pecado: «sepultámo-nos com Ele, pelo Baptismo, na morte» (v. 4).

4 «Assim como Cristo ressuscitou… também nós caminharemos numa vida nova». No rito do Baptismo por imersão, imediatamente após a imersão na água – gesto que significava a sepultura de Cristo e a morte para o pecado – havia a emersão que por sua vez, significava a saída de Cristo glorioso do túmulo e a ressurreição ou vida nova do cristão; daqui a consequência prática que S. Paulo tira para a nossa vida – «caminharemos numa vida nova». Esta consequência – «considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus» (v. 11) vai servir ao Apóstolo de base para uma veemente exortação à luta contra o pecado, a partir do v. 12

Aclamação ao Evangelho

1 Ped 2, 9

Monição: Jesus dá-nos o segredo para sermos felizes cá na terra. Um segredo às vezes difícil de acreditar. Guardemos com fé a Sua palavra e aclamemos.

ALELUIA

Vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa,

para anunciar os louvores de Deus,

que vos chamou das trevas à sua luz admirável.

Evangelho

São Mateus 10, 37-42

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 37«Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. 38Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. 39Quem encontrar a sua vida há-de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. 40Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. 41Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. 42E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa».

O texto evangélico de hoje pertence ao final de uma série de instruções aos discípulos para o exercício da sua missão apostólica (Mt 10, 16-42); nestes versículos sobressaem a radicalidade no seguimento sem meias tintas (vv. 37-39) e a identificação com o Mestre (vv. 40-42)

37 «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim…» Note-se que Jesus não se coloca simplesmente no plano de qualquer rabi seu contemporâneo a exigir dos seus discípulos (talmidîm) os mesmos serviços que se deviam prestar aos pais, ou ainda mais. As palavras de Jesus apelam para uma radicalidade de um amor que só é devido a Deus, mais acentuada ainda no texto paralelo de Lucas (14, 26-27). Só um homem que é Deus poderia falar assim com verdade. De qualquer modo, não existe nenhuma oposição entre o amor a Deus e à família, entre o primeiro e o quarto mandamento. O que Jesus exige é uma recta ordem no amor; por isso, não é licito pôr o amor dos pais e dos filhos antes ou acima do amor de Deus.

38-39 «Quem não toma a sua cruz para Me seguir». A cruz era um suplicio mortal. Tomar a cruz significa renunciar à vida, uma renúncia total como a daquele que voluntariamente caminha para a morte, para o sacrifício total. A sua cruz significa a cruz – exigências e renúncias – que Deus pede concretamente a cada um, pois a uns exige mais do que a outros, porque também lhes dá mais. Mas a renúncia cristã não é algo negativo, é exigência libertadora, uma condição – «para Me seguir» – para «encontrar a vida», uma forma semítica de dizer que, por oposição a «perder a vida», significa garantir a vida, salvá-la. Quem quiser salvar a todo o custo a sua vida terrena, negando a Cristo ou satisfazendo os seus gostos à margem da vontade de Deus. esse perderá a vida eterna; pelo contrário, quem sacrificar a sua vida terrena por Cristo tem garantida a vida eterna. Esta bem-aventurança dirige-se num sentido eminente aos mártires, mas também é para todos os que, no dia a dia, se esquecem de si e entregam a sua vida, servindo a Deus e ao próximo por amor de Deus.

Sugestões para a homilia

Quem vos recebe…

Quem ama o pai mais que a Mim…

Quem perder a vida…

Quem vos recebe

A primeira leitura conta-nos como o Senhor recompensou aquela família de Sunam que acolhia com generosidade o profeta Eliseu. Olhavam para ele com fé vendo nele um homem de Deus, como realmente era. E o Senhor prometeu-lhes aquilo que mais ansiavam todas as famílias em Israel: ter filhos, considerados a riqueza maior dum casal.

No Evangelho Jesus fala-nos do mesmo tema. «Quem vos recebe a Mim recebe e quem Me recebe recebe Aquele que Me enviou». Temos de ver Jesus nos Seus enviados. No papa, sucessor de Pedro e vigário de Jesus na terra. Não amamos o Santo Padre por ser santo ou por ter muitas qualidades humanas. Amamo-lo porque é Jesus para nós. Estamos atentos à sua palavra, aos seus ensinamentos, porque Jesus nos fala por meio dele e com garantias de verdade. «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não levarão a melhor contra ela» (Mt 16, 16) «Confirma na fé os teus irmãos» (Lc 22, 32 ).A Igreja, apoiada sobre Pedro e os seus sucessores até ao fim dos séculos, tem a garantia de se manter sempre na verdade, que Jesus nos transmitiu.

Temos de ver Jesus nos bispos, sucessores dos Apóstolos. Estaremos atentos às suas indicações e aos seus ensinamentos . Se ensinam de acordo com o sucessor de Pedro, sabemos que é a doutrina de Jesus.

Temos de ver Jesus nos sacerdotes, sobretudo naquele que recebeu o encargo de nos guiar e alimentar espiritualmente, o nosso pároco. Não lhe fazemos favor nenhum se lhe obedecermos. É Jesus que nos guia por meio dele.

Por meio dos sacerdotes se torna presente na Eucaristia, nos dá os sacramentos e nos alimenta com a Sua palavra. Não os seguimos por serem da nossa opinião, mas por serem os altifalantes de Jesus. Se alguma vez temos dúvidas sobre o que ensinam ou o que mandam vejamos se está de acordo com o que ensina ou manda o papa.

Temos ainda de saber colaborar com eles sacrificadamente. Até porque sentimos a falta de padres. Procuremos que a paróquia lhes facilite os meios materiais para trabalharem dedicadamente ao serviço das almas. Saberemos, se é preciso, fazer-lhes a nossa correcção filial, chamando a atenção, em particular, para alguma coisa que não esteja bem.

E Jesus não deixará de nos pagar já neste mundo e, depois, um dia na eternidade. «Quem recebe um profeta por ele ser profeta receberá a recompensa de profeta» – dizia-nos há pouco. Quantos cristãos, em quem ninguém repara, fazem um trabalho maravilhoso a favor de toda a Igreja, colaborando com os sacerdotes com a sua oração, com os seus trabalhos e sacrifícios, com a sua palavrita ao ouvido do vizinho e do amigo, completando o que o pároco disse na homilia ou nos avisos da igreja !

Quem ama o pai mais que a Mim…

O senhor pede generosidade para O seguir. Ele há-de ser o nosso primeiro amor. Para os sacerdotes e para todos os cristãos. Não podemos compartilhar o nosso coração como se tivéssemos vários deuses para adorar. Todos os amores humanos, por mais nobres que sejam, têm de passar pelo coração de Deus. É na medida em que amamos os pais, os filhos, a mulher, o marido, ou os amigos por amor de Deus que esses amores têm garantias de serem verdadeiros e duráveis. O resto são ilusões e construir sobre areia movediça.

Saibamos purificar o nosso amor humano, sabendo sacrificar tudo com alegria para amar e servir a Deus. E teremos um coração grande para amar os que estão mais perto de nós e a todos os homens.

O mundo ficou comovido com a morte de João Paulo II. E tantos quiseram vir até ele, a dar-lhe um último adeus. Não apenas porque era o vigário de Cristo, o que fazia as vezes de Jesus na terra, mas porque era um homem de Deus, porque se identificou com Cristo. Soube dar-se de todo ao Senhor, procurá-Lo na Eucaristia, na oração, no serviço a todos os homens. Por isso as pessoas sentiam-se atraídas por este homem, até mesmo os que não tinham fé.

João Paulo II animou os cristãos a fazerem como Pedro, na pesca milagrosa. «Mar adentro», não ficar nas meias tintas, numa vida medíocre e comodista, num cristianismo à medida dos nossos gostos ou das nossas ideias mesquinhas. Sermos cristãos de fé viva, procurarmos o rosto de Cristo, enamorar-nos d’Ele, parecer-nos com Ele no cumprimento fiel da vontade de Deus. A morte do papa despertou muita gente. Foi um exemplo vivo de como vale a pena amar a Deus sem regatear.

Santidade era a meta alta que nos propunha ao começar o terceiro milénio. João Paulo II beatificou e canonizou tantos santos, apresentando-nos exemplos maravilhosos de irmãos nossos, alguns já nossos contemporâneos, mostrando-nos que a santidade está ao alcance de todos. Ele próprio foi um exemplo de santidade para toda a Igreja, para os pastores e para todos os fiéis :Por isso não estranha que no seu funeral muitos pedissem já a sua canonização.

Mês de Junho, mês dos santos populares, que os cristãos não deixem roubar os seus santos. Que não sejam ocasião de as pessoas se divertirem à sua custa, esquecendo o testemunho que deram. Que nos lembrem a todos que é amando a Deus que se encontra a verdadeira alegria. Mesmo sofrendo e morrendo por Ele, como S. João Baptista ou S. Pedro, o primeiro papa. Mesmo levando uma vida pobre e humilde, como Santo António de Lisboa.

Quem perder a vida…

A santidade exige jogar a vida, gastá-la generosamente ao serviço de Deus e dos outros. E santidade significa alegria.

Muitos têm medo da cruz, do sacrifício. E só por esse caminho se pode seguir a Jesus e encontrar a alegria. «O que perder a vida por Minha causa há-de encontrá-la» – dizia-nos no Evangelho. Os próprios psiquiatras vieram dar razão a Jesus. Os doentes de nervos estão normalmente centrados em si mesmos: não são capazes de jogar a vida. «Aquele que quiser conservar a vida há-de perdê-la».

A cruz tornou-se sinal mais e sinal de multiplicar. Nós cristãos temos de pedir esta valentia que vem da fé, que vê as coisas com os olhos de Deus. Que sabe ver o dedo de Deus mesmo por trás das coisas difíceis da vida, das doenças e daquilo que muitas vezes se chamam desgraças.

A cruz é também companhia do cristão que quer cumprir o seu dever de cada dia, dar tempo à oração, ajudar os outros. No baptismo morremos com Cristo para o pecado e com Ele ressuscitámos para uma vida nova. E temos de morrer todos os dias, vencendo as nossas más inclinações, sabendo renunciar voluntariamente mesmo em coisas legítimas. O amor de Deus e dos outros manifesta-se nas pequenas renúncias de cada dia.

Impressionou muitos cristãos a figura de João Paulo II, na Sexta Feira Santa, ausente pela primeira vez da Via Sacra no Coliseu, mas unido pela televisão e abraçado ao crucifixo. Que belo testemunho nos deixou !

Que a Virgem nos ensine a estar muito unidos a Cristo, à Sua cruz e a acolhê-Lo nos Seus enviados, vendo Jesus sobretudo no Seu vigário na terra, o Santo Padre.

S. Josemaría Escrivá morria em 26 de Junho de 1975. Dizia nessa manhã a um grupo de filhas suas do Opus dei que oferecia a sua vida pela Igreja. E ensinou a todos o amor à Igreja e ao papa. «Esta Igreja Católica – dizia – é romana. Eu saboreio esta palavra: romana. Sinto-me romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o papa, il dolce Cristo in terra, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena… Santo Ambrósio escreveu umas breves palavras que compõem uma espécie de cântico de alegria: «onde está Pedro, aí está a Igreja; e onde está a Igreja não reina a morte mas a vida eterna (In XII Ps.En.40, 30) Porque onde estão Pedro e a Igreja está Cristo e Ele é salvação, o único caminho.» (Hom. Lealdade à Igreja ).

Chesterton, célebre escritor inglês, convertido ao catolicismo, conta que em Heliópolis, no Egipto, reinava um faraó que se considerava o senhor do mundo. Mas uma tarde apresentou-se diante dele um mendigo que lhe disse: – dá-me tudo o que tens, as tuas roupas, a tua opulência….

O faraó soltou uma gargalhada: – metei esse louco na cadeia e matai-o.

O mendigo levantou a cabeça: – Eu sou mais forte do que tu: sou o tempo.

O pedinte percorreu a terra: Babilónia, Cartago, Atenas repetindo aquele estribilho: Sou mais forte do que tu. Sou o tempo.

Certa manhã apareceu na Praça de S. Pedro e subiu ao Palácio do Vaticano. Saiu-lhe ao encontro um ancião com uma batina branca: – Benvindo, ó tempo. Eu sou mais forte do que tu. Eu sou a eternidade.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Senhor nosso Deus, que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos, fazei que este serviço divino seja digno dos mistérios que celebramos. Por Nosso Senhor…

SANTO

Monição da Comunhão

Ano da Eucaristia. Agradeçamos a Jesus esta maravilha do Seu amor por nós.

Sl 102, 1

ANTÍFONA DA COMUNHÃO:  A minha alma louva o Senhor, todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou: cf. Jo 17, 20-21

Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim, para que sejam em Nós confirmados na unidade e o mundo acredite que Tu Me enviaste.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Concedei-nos, Senhor, que o Corpo e o Sangue do vosso Filho, oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão, nos dêem a verdadeira vida, para que, unidos convosco em amor eterno, dêmos frutos que permaneçam para sempre. Por Nosso Senhor…

RITOS FINAIS

Monição final

Jesus falou-nos através das leituras e da palavra do sacerdote, seu enviado junto de nós. Saibamos guardar aquilo que nos recomendou.

HOMILIAS FERIAIS

13ª SEMANA

2ª feira, 27-VI: Projecto de solidariedade.

Gen. 18, 16-33 / Mt. 8, 18-22

Se encontrar cinquenta justos dentro da cidade de Sodoma, perdoarei por causa deles a toda essa terra.

«Tendo acreditado em Deus, caminhando na sua presença e em aliança com Ele… o coração de Abraão fica em sintonia com a compaixão do Senhor pelos homens e ousa interceder por eles com uma confiança audaciosa (cf. Leit. do dia)» (CIC, 2571).

Com este episódio ficamos a conhecer a solidariedade no bem, que encontramos igualmente na celebração eucarística. Pela morte de um só (Cristo) todos poderão salvar-se. E, além disso, «a Eucaristia não é expressão da comunhão apenas na vida da Igreja; é também projecto de solidariedade em prol da humanidade inteira» (MN, 27).

3ª feira, 28-VI: Olhos postos no Senhor.

Gen. 19, 15-29 / Mt. 8, 23-27

Disse-lhes Jesus: Por que estais assustados, homens de pouca fé?

Apesar do convívio habitual com Jesus, para quem nada é impossível, os discípulos pensam mais nas dificuldades, que aparecem como ‘vagas’ (cf. Ev.).

Se temos Jesus mais presente no nosso dia, através da oração, ficaremos unidos a Ele e manter-nos-emos firmes no nosso caminho. Se deixamos de olhar para Eleassustar-nos-emos com as dificuldades. A mulher de Lot não confiou no pedido do Anjo do Senhor, olhou para trás, e «transformou-se numa estátua de sal» (Leit.). Vivamos o nosso dia com os olhos postos no Senhor, especialmente no Sacrário.

Celebração e Homilia:             CELESTINO C. FERREIRA

Nota Exegética:                      GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                      NUNO ROMÃO

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