Roteiro Homilético – XXV Domingo do Tempo Comum – Ano B

RITOS INICIAIS

 

 

ANTÍFONA DE ENTRADA: Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor. Quando chamar por Mim nas suas tribulações, Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Porque vivemos numa sociedade globalizada e profundamente radicada na ideia da competitividade, desde pequenos que assimilamos a ideia de que a fealdade, a falta de esperteza, a ausência de dinheiro e de atracção, são um óbice ao êxito na vida. Isso resulta numa fonte de inúmeros altercações existentes na sociedade e também em muitas comunidades cristãs.

A liturgia da Palavra deste domingo vem-nos recordar que o discípulo de Jesus deve fazer-se pequeno e considerar-se ao serviço dos mais pobres, segundo a sabedoria de Deus.

 

ORAÇÃO COLECTA: Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei no vosso amor e no amor do próximo, dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento, para alcançarmos a vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: A primeira leitura que vamos escutar recorda-nos que quem vive uma vida exemplar deve ser eliminado. Tal pessoa torna-se incómoda demais e a sua atitude constitui, ainda hoje, uma reprovação silenciosa para toda a sociedade.

 

Sabedoria 2, 12.17-20

Disseram os ímpios: 12«Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras; censura-nos as transgressões à lei e repreende-nos as faltas de educação. 17Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. 18Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. 19Provemo-lo com ultrajes e torturas para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. 20Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo.

 

A escolha deste texto foi ditada pela leitura evangélica de hoje, em que temos o 2.° anúncio da Paixão e Morte do Senhor. O contexto desta passagem é o da descrição da vida desaforada dos ímpios, que não se limitam a gozar desenfreadamente dos prazeres da vida, mas vão ao ponto de não tolerarem a vista do justo, que é para eles uma constante repreensão; por isso dedicam-se a atormentá-lo e a escarnecê-lo, num desafio irónico a Deus, a quem o justo considera Pai, para que o venha socorrer. E, se Deus não lhe vem acudir, então os ímpios cantam vitória. Os sofrimentos, provações e zombarias a que está sujeito um justo vêm a ser as mesmas que sofre o justo por excelência, Jesus Cristo. Quando em Jesus se cumpriram estas palavras proféticas, foi possível à Igreja, segundo o atesta a Tradição Patrística e a Liturgia, descobrir uma plenitude de sentido nas palavras do hagiógrafo (sentido típico, ou também sentido plenário). «É diante do nosso crucifixo que podemos e devemos mesmo, meditar esta passagem, e nesta contemplação acharemos a força para seguir, se tal é a vontade de Deus a nosso respeito, o divino Justo perseguido, na via do opróbrio» (Pirot-Clamer).

18 «Se o justo é filho de Deus…». Nos livros mais recentes do A. T., o título de filho de Deus aplica-se a todos os justos e mais propriamente ao Messias.

 

Salmo Responsorial

Salmo 53, 3-4. 5. 6. 8

 

Monição: Como resposta à leitura anterior, vamos recitar o salmo 53. Nele ouviremos que perante a opressão causada pelos injustos, o recto deposita a sua confiança na fidelidade do Senhor. Só Ele sustenta a sua vida e o salva. Por isso, canta glória a Deus.

 

Refrão:         O SENHOR SUSTENTA A MINHA VIDA.

 

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,

pelo vosso poder fazei-me justiça.

Senhor, ouvi a minha oração,

atendei às palavras da minha boca.

 

Levantaram-se contra mim os arrogantes

e os violentos atentaram contra a minha vida.

Não têm a Deus na sua presença.

 

Deus vem em meu auxílio,

o Senhor sustenta a minha vida.

De bom grado oferecerei sacrifícios,

cantarei a glória do vosso nome, Senhor.

 

Segunda Leitura

 

Monição: O egoísta é tentado a dominar os outros. Isso origina incompreensões, maldade, falta de generosidade, inveja e hipocrisia. Nesta leitura, S. Tiago põe à nossa consideração a sabedoria de Deus que é oposta à sabedoria dos homens.

 

Tiago 3, 16 – 4, 3

Caríssimos: 16Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções. 17Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. 18O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. 1De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das paixões que lutam nos vossos membros? 2Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes, porque nada pedis. 3Pedis e não recebeis, porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.

 

Tiago, um verdadeiro «sábio» cristão, explica agora em que consiste a sabedoria cristã; depois de apelar para que esta se mostre com obras (v. 13), denuncia uma falsa sabedoria, «a terrena, a da natureza corrompida (psykhikê/animalis), a diabólica», que, por proceder da soberba, leva a uma «inveja amarga», e a um «espírito dado a contendas» (v. 14), «desordem e toda a espécie de más acções» (v. 16). A esta contrapõe «a sabedoria que vem do alto», que qualifica com uma série de dotes (vv. 17-18) que fazem lembrar os que S. Paulo atribui à caridade em 1 Cor13.

18 Este versículo forneceu o lema a Pio XII: «opus iustitia pax». Na Bíblia Sagrada da Difusora Bíblica traduzimos: «E é com a paz que uma colheita de justiça é semeada pelos obreiros da paz»: Uma colheita (um fruto) de justiça é a santidade, a conformidade com Deus e a sua palavra, manifestada nas obras, como reflexo da autêntica sabedoria. Este versículo é uma bela síntese jacobeia (cf. Is 32, 17-18; Mt 5, 9; Filp 1, 11; Hebr 12, 11).

4, 1-3 Tiago, após ter caracterizado a sabedoria cristã como uma sementeira de paz, passa a fustigar uma série de atitudes contrárias e incoerentes com a fé: as discórdias (4, 1-12), a presunção (v. 13-16) e a avareza (5, 1-6). E começa por se interrogar: «De onde vêm as guerras?»Se a sabedoria leva à paz, como pode haver conflitos entre os fiéis? «Das vossas paixões», que é preciso controlar. Como dizia João Paulo II logo no início do seu pontificado, «Não bastam as análises sociológicas para trazer a justiça e a paz. A raiz do mal está no interior do homem (cf.Mc 7, 21). O remédio, portanto, parte também do coração». Sem a reforma interior, todas as outras reformas não fazem mais do que adiar a verdadeira solução e agravar muitos males (cf. Rom 7, 14-25; Gal 5, 17; 1 Pe 2, 11).

 

Aclamação ao Evangelho

2 Tes 2, 14

 

Monição: Ouvindo o Evangelho, abraçando o compromisso da fé e abrindo-se para dar o testemunho de Jesus Cristo, a comunidade cristã já se encontra no caminho da salvação. Por isso, deve agradecer a Deus.

 

ALELUIA

Deus chamou-nos por meio do Evangelho, para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

Evangelho

 

São Marcos 9, 30-37 (29-36)

Naquele tempo, 30Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse; 31porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens e eles vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». 32Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. 33Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?» 34Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. 35Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». 36E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: 37«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».

 

Entramos hoje na leitura da 2ª parte do Evangelho de Marcos. A 1ª parte culminou na confissão de fé de Pedro (Mc 8, 29 – no passado domingo), que, segundo a estrutura teológica deste Evangelho, dá a resposta certa à interrogação fulcral das pessoas: «Quem é este?»; a partir de então, Jesus começa a revelar o que significa ser o Messias e o modo como tem de realizar a sua missão: será um Messias rejeitado, que deverá morrer na cruz para depois ressuscitar, mas «os discípulos não compreendiam» (v. 31), como Marcos não se cansa de sublinhar. A confissão de Pedro e a do centurião no Calvário (15, 39) ilustram o título que Marcos pôs à sua obra: «Evangelho de Jesus, o «Messias», o «Filho de Deus»».

A leitura junta hoje duas perícopes: o 2º anúncio da Paixão (vv. 30-32) e a discussão sobre quem é o maior no Reino (vv. 33-37).

34 «O último de todos e o servo de todos». Duma penada, Jesus corta pela raiz toda a ambição de poder dentro da sua Igreja, que desgraçadamente pode infectar tanto os membros da hierarquia como os leigos, por vezes ainda mais ciosos de poder dentro da Igreja. Jesus deixou bem claro que a autoridade é uma forma de serviço humilde e discreto, alheia a clericalismos e protagonismos (cf. Mt 20, 28; Jo 13, 14-17).

35 «Receber uma criança…: o gesto de Jesus de abraçar uma criança é um gesto profético, uma verdadeira acção simbólica. Se nos reportarmos à época, abraçar um menino não era um gesto corrente, sobretudo num mestre, pois as crianças não eram objecto de carinho dos adultos, mas sim de desprezo. Assim Jesus ensinava aos Apóstolos que a sua grandeza estava em acolher com afecto e humildade aqueles que não têm valor aos olhos do mundo, como as crianças, os pobres, os doentes e em geral todos os necessitados; fazer isto «em nome de Cristo», por amor a Ele, é acolhê-lo a Ele.

 

Sugestões para a homilia

 

A incompreensão dos discípulos

A dispensa dos sinais de grandeza

A sabedoria que vem do alto

A incompreensão dos discípulos

Segundo o Evangelho, «os discípulos não compreendiam as palavras de Jesus e tinham medo de o interrogar». Jesus havia começado a falar-lhes sobre a sua verdadeira identidade e como terminaria a sua caminhada terrena. Eles não o queriam compreender porque aguardavam um Messias conquistador dos inimigos e não um Messias padecente.

Tal dúvida surge inevitavelmente em todos os que se confrontam lealmente com Cristo e com o seu Evangelho. Quando Ele revela o seu rosto de «Servo», que oferece a sua vida e exige que sigam os seus passos, o mais natural é ser incompreendido e surgir o medo.

Precisamos ter coragem para O escutar e interrogar, tentando compreender quem é e o que quer. É mais fácil recitar orações do que interiorizar aquilo que Ele nos pede. As práticas devocionais mantêm-nos nas nossas crenças, nos nossos hábitos e ideias, enquanto a Palavra de Deus põe a descoberto todas as nossas fraquezas e misérias, exigindo conversão, mudança de mentalidade e de vida num serviço concreto aos irmãos.

A dispensa dos sinais de grandeza

A procura da verdade, porque necessita de muita coragem, leva os discípulos a não quererem compreender as palavras do Mestre e a centrarem a sua preocupação nos problemas secundários e ridículos: «Quem será o maior entre nós?», interrogavam-se eles. Mas Jesus é directo:«Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos».

Ao contrário do que acontece na comunidade civil, na comunidade cristã quem ocupa o primeiro lugar deve dispensar todos os sinais de grandeza. A comunidade não é sítio apropriado para conseguir prestígio, subjugar os outros ou para se impor. É espaço onde cada um, consoante os dons recebidos do Senhor, celebra a própria dimensão servindo os mais frágeis e indefesos, de que as crianças são o símbolo a imitar. O gesto de Jesus é significativo ao pôr a criança no meio deles: ela depende totalmente dos adultos, nada produz, só gasta, tem necessidade de ajuda, não sendo controlada facilmente arranja confusão e acidentes.

Jesus quer que os seus discípulos ponham no centro da sua atenção, das suas actividades e propósitos, os mais desfavorecidos, os que não contam, os marginalizados, as pessoas menos correctas.

Seremos capazes de «acolher», os mais idosos que ainda precisam de assistência como as «crianças»; os pobres; aqueles que não acertam no que dizem; os mal-educados; os que dificultam a vida aos outros; os que não dão lucro? O que fazemos por estas «crianças»?

Os que agem deste modo encontram a perseguição, porque incomodam, abalam os que constroem a própria vida segundo a lógica da concorrência, do poder e da exploração dos mais fracos. E é neste serviço que se identifica a «sabedoria que vem do alto».

A sabedoria que vem do alto

Segundo S. Tiago, «a sabedoria que vem do alto» manifesta-se em compreensão, bondade, misericórdia, paz, generosidade e nela não há inveja nem hipocrisia. Só os que se deixam guiar por esta «sabedoria» se tornam construtores de paz, porque abandonam o egoísmo e o domínio sobre os outros.

Pedimos a Deus a satisfação dos próprios prazeres e esquecemo-nos de pedir a sabedoria, a capacidade de compreender, a única coisa que vale na vida e que é este serviço aos irmãos, como esclarece a segunda leitura.

Aproveitemos para nos interrogar: Tenho agido segundo a sabedoria de Deus ou pela competitividade dos homens? O que terei de mudar na minha vida?

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

SANTO

 

Monição da Comunhão

 

Que a comunhão do sagrado Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo nos ajude a sermos mais fortes na mudança de atitudes que prejudiquem os nossos semelhantes e a procurar a verdadeira sabedoria de Deus.

Salmo 118, 4-5

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Promulgastes, Senhor, os vossos preceitos para se cumprirem fielmente. Fazei que meus passos sejam firmes na observância dos vossos mandamentos.

 

Ou

Jo 10, 14

Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça aqueles que alimentais nos sagrados mistérios, para que os frutos de salvação que recebemos neste sacramento se manifestem em toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Confrontemo-nos lealmente com Cristo e com o seu Evangelho. Que as nossas práticas devocionais, os nossos hábitos e ideias, comparados com a Palavra de Deus nos conduzam a uma vida de verdadeira fé que nos envie a um testemunho de serviço concreto aos irmãos, como sabedoria que vem do alto.

 

HOMILIAS FERIAIS

 

25ª SEMANA

 

2ª Feira, 24-IX: S. Mateus: Ampliar o conhecimento de Deus.

Ef 4, 1-7. 11-13 / Mt 9, 9-13

Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: Segue-me.

Quando foi chamado pelo Senhor, S: Mateus deixou logo tudo para se dedicar ao serviço do Senhor. A partir de então, acompanhou Jesus e foi testemunha da sua vida, ensinamentos e milagres, participou na última Ceia, etc. Deixou-nos uma pequena biografia do Senhor: o seu Evangelho.

Procuremos alcançar um maior conhecimento do Senhor: «No fim chegaremos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem adulto; á medida da estatura de Cristo na sua plenitude» (Leit).

 

3ª Feira, 25-IX: Pôr em prática a palavra de Deus.

Esd 6, 7-8. 12. 14-20 / Lc 8, 19-21

Mas Jesus respondeu-lhes: minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.

nova família de Jesus tem laços mais fortes que os do sangue, uma vez que se apoia no cumprimento da vontade divina.

Aproveitemos as oportunidades de conhecer melhor a palavra de Deus: «O conhecimento e o estudo da palavra de Deus permitem-nos valorizar, celebrar e viver melhor a Eucaristia; também aqui se mostra em toda a sua verdade a conhecida asserção: ‘A ignorância da Escritura é ignorância de Cristo’» (SC, 45)

 

4ª Feira, 26-IX: O envio em missão.

Esd 9, 5-9 / Lc 9, 1-6

Os Apóstolos partiram então e começaram a percorrer as diferentes povoações, a anunciar a Boa Nova.

Quando acaba a Missa, todos recebemos igualmente uma missão: «Na antiguidade, o termo ‘missa’ significava simplesmente ‘despedida’; mas, no uso cristão, o mesmo foi ganhando um sentido cada vez mais profundo, tendo o termo ‘despedir’ evoluído para ‘expedir uma missão’. Deste modo a referida saudação exprime sinteticamente a natureza missionária da Igreja; seria bom ajudar o povo de Deus a aprofundar esta dimensão constitutiva eclesial, tirando inspiração da Eucaristia» (SC, 51).

 

5ª Feira, 27-IX: O ambiente da celebração eucarística.

Ag 1, 1-8 / Lc 9, 7-9

Chegou a altura de habitardes em vossas casas ornadas de guarnições, enquanto este Templo continua em ruínas.

Deus queixa-se, através do profeta Ageu, de dedicarmos mais atenção às nossas coisas do que às coisas de Deus, especialmente as que se referem à Eucaristia.

«É necessário que, em tudo o que tenha que ver com a Eucaristia, haja gosto pela beleza; dever-se-á ter respeito e cuidado pelos paramentos, as alfaias, os vasos sagrados para que, interligados de forma orgânica e ordenada, alimentem o enlevo pelo mistério de Deus, manifestem a unidade da fé e reforcem a devoção» (SC, 41).

 

6ª Feira, 28-IX: Eucaristia, um pedaço do Céu.

Ag 1, 15-2, 9 / Lc 9, 18-22

Hei-de abalar todas as nações, para que os tesouros de todas essas nações se dirijam para aqui. E encherei de glória este Templo.

Quando se celebra a Santa Missa verifica-se esta profecia: «encherei de glória este templo» (Leit). «A Eucaristia é celebrada na ardente expectativa de Alguém, ou seja, enquanto ‘esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador’» (IVE, 18).

«A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho» (Igreja vive da Eucaristia, IVE, 19).

 

Sábado, 29-IX: A Anunciação e a Eucaristia.

Zac 2, 5-9. 14-15 / Lc 9, 43-45

Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no meio de ti.

É a justo título que o anjo Gabriel a saúda como ‘filha de Sião’ (cf Leit).

Este oráculo do profeta tornar-se-á realidade no momento da Encarnação. «De certo modo, Maria praticou a sua fé eucarística quando ofereceu o ventre virginal para a encarnação do Verbo de Deus. E, Maria, na Anunciação, concebeu o Filho divino também na realidade física do corpo e do sangue, em certa medida antecipando nela o que se realiza sacramentalmente em cada crente quando recebe, no sinal do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue do Senhor» (IVE, 55).

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:          ANTÓNIO E. PORTELA

Nota Exegética:                     GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                   NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                 DUARTE NUNO ROCHA

 

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