Roteiro Homilético – Solenidade de Cristo Rei

RITOS INICIAIS

Ap 5, 12; 1, 6

ANTÍFONA DE ENTRADA: O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria, a honra e o louvor. Glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.

Diz-se o Glória.

Introdução ao espírito da Celebração

No dia de Cristo Rei, através da Liturgia da Palavra, fazemos estas descobertas.

1. Em Ezequiel 24, 17, Cristo Rei aparece como Pastor especializado no contacto com o rebanho (o Povo de Deus). Cuida de todos, e de cada um, com o maior requinte e sem distinção de raças, etc. Os pobre e humildes são os privilegiados.

2. Na Epístola aos Coríntios 15, 28, Cristo Rei triunfa da morte e ressuscita verdadeiramente. A sua Ressurreição é garantia da nossa ressurreição dos mortos.

3. No Evangelho, Mateus 25, 46, Cristo Rei aparece como Juiz Universal de todos os homens. A sentença tem duas opções: vida eterna e suplício eterno. Cada um de nós escolhe com plena liberdade.

ORAÇÃO COLECTA: Deus eterno e omnipotente, que no vosso amado Filho, Rei do universo, quisestes instaurar todas as coisas, concedei, propício que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam a vossa majestade e Vos glorifiquem eternamente. Por Nosso Senhor…

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: Cristo Rei é o Bom Pastor. Nenhuma das ovelhas, cada um de nós que o diga, pode queixar-se.

Ezequiel 34, 11-12.15-17

11Eis o que diz o Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei-de encontrá-las. 12Como o pastor vigia o seu rebanho, quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu guardarei as minhas ovelhas, para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num dia de nevoeiro e de trevas. 15Eu apascentarei as minhas ovelhas, Eu as levarei a repousar, diz o Senhor. 16Hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa. Hei-de apascentá-las com justiça. 17Quanto a vós, meu rebanho, assim fala o Senhor Deus: Hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e cabritos».

A leitura é tirada da secção que contém uma série de oráculos animadores e de esperança de salvação, proferidos depois da queda de Jerusalém. A aplicação desta profecia a Jesus é uma forma de apresentar Jesus na sua condição divina: «Eu apascentarei as minhas ovelhas» (v. 15; cf. Jo 10, 1-16); «Hei-de procurar a que anda perdida» (cf. Lc 15, 4-7). Também no A.T. o rei é chamado pastor; daqui se justifica a esta leitura da Solenidade de Cristo Rei. Também no Evangelho Jesus aparece como Rei-Pastor, a separar as ovelhas dos cabritos exercendo o papel de Rei (cf. Mt 25, 34) e Juiz.

Salmo Responsorial

Sl 22 (23), 1-2a.2b-3.5-6 (R. 1)

Monição: Digamos, com toda a alma: «O Senhor é Meu Pastor Nada Me Faltará.»

Refrão: O SENHOR É MEU PASTOR NADA ME FALTARÁ.

O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

Leva-me a descansar em verdes prados,

conduz-me às águas refrescantes

e reconforta a minha alma.


 

Ele me guia por sendas direitas,

por amor do seu nome.

Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos

não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo.


 

Para mim preparais a mesa

à vista dos meus adversários;

com óleo me perfumais a cabeça

e o meu cálice transborda.


 

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me

todos os dias da minha vida,

e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.

Segunda Leitura

Monição: Se em Adão todos morreram, em Cristo todos são restituídos à vida. Cristo entregará o reino a Deus Seu Pai.

Coríntios 15, 20-26.28

Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. 21Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, 22do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. 23Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai. 25É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. 26E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus «tudo submeteu debaixo dos seus pés». 28Quando todas as coisas Lhe forem submetidas, então também o próprio Filho Se há-de submeter Àquele que Lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.

S. Paulo começando por se apoiar no facto real da Ressurreição de Cristo, procura demonstrar a verdade da ressurreição dos mortos (vv. 1-19). Nestes versículos 22 e 23, diz que «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (v. 20). As primícias eram os primeiros frutos do campo que se deviam oferecer a Deus e só depois se podia comer deles (cf. Ex 28; Lv 23, 10-14; Nm 15, 20-21). De igual modo, Cristo nos precede na ressurreição. Nós havemos de ressuscitar «por ocasião da sua vinda» (v. 23). Não se pode confundir esta ressurreição sobrenatural e misteriosa de que aqui se fala com a imortalidade da alma. O Credo do Povo de Deus de Paulo VI, no nº 28, diz: «Cremos que as almas de todos aqueles que morrem na graça de Cristo – tanto as que ainda devem ser purificadas com o fogo do Purgatório, como as que são recebidas por Jesus no Paraíso logo que se separem do corpo, como o Bom Ladrão – constituem o Povo de Deus depois da morte, a qual será destruída por completo no dia da Ressurreição, em que as almas se unirão com os seus corpos».

24 «Quando Cristo entregar o reino a Deus, seu Pai». Isto parece indicar que, na consumação dos tempos, cessará a função redentora de Jesus Cristo, quando todos os eleitos tiverem atingido a plenitude da salvação – fruto da obra do próprio Cristo. Com a ressurreição final a obra da Redenção fica plenamente cumprida. É este também o sentido do último versículo da leitura (v. 28).

26 «O último inimigo a ser aniquilado é a morte»: Paulo gosta de apresentar a morte como personificada: uma força viva que acaba por levar o golpe fatal com a ressurreição final (cf. 1 Cor 15, 54-55).

28 «Deus seja tudo em todos» (cf. v. 24 e nota). Com a vitória final de Cristo na consumação dos tempos, todos os redimidos pertencerão totalmente ao Pai, Deus que será tudo para eles.

Aclamação ao Evangelho

Mc 11, 9.10

Monição: Aclamemos O que vem em nome do Senhor. Se cumprirmos a vontade do Pai, entraremos na vida eterna. Seremos livres do suplício eterno.

ALELUIA

Bendito O que vem em nome do Senhor!

Bendito o reino do nosso pai David!

Evangelho

São Mateus 25, 31-46

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31«Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. 32Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; 33e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. 35Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; 36não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. 37Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? 38Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? 39Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. 40E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. 41Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o demónio e os seus anjos. 42Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; 43era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. 44Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’ 45E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. 46Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

Cristo Rei é-nos apresentado hoje no exercício do seu supremo poder judicial no fim dos tempos, na célebre parábola de do Juízo Final.

32 «Todas as nações» Toda a humanidade – fiéis e infiéis – será julgada  pela mesma medida, contra o que pensava o judaísmo da época, que privilegiava o povo eleito, à hora do juízo de Deus.

35-40 O Juízo Final é uma verdade de fé. «De facto, todos havemos de comparecer diante do tribunal de Deus (Rom 14, 10). «É perante Cristo, que é a verdade, que será definitivamente posta a nu a verdade da relação de cada homem com Deus (…). O Juízo Final revelará até às suas últimas consequências o que cada um tiver feito, ou tiver deixado de fazer durante a sua vida terrena… O Pai …pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1039-1040). Este Juízo é encenado na parábola de modo a pôr em evidência a caridade como virtude central e resumo de todas as virtudes e de toda a lei de Deus. Como diz S. João da Cruz, «seremos julgados pelo amor», pois Deus há-de pedir-nos contas não só do mal que fizemos, mas também do bem que devíamos ter feito e que omitimos, por falta de amor. «A Mim o fizestes»: Jesus como que se esconde no necessitado, por isso a caridade cristã não é mera beneficência ditada pela filantropia, mas é amor ditado pela fé, que nos faz descobrir no próximo um filho de Deus, um irmão, uma imagem de Cristo, ainda que muito desfigurada, por vezes.

46 «Para o suplício eterno». «A doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade (…). As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar a sua liberdade tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão (…). Deus não predestina ninguém ao Inferno. Para ter semelhante destino, é preciso haver uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir nela até ao fim… A Igreja implora a misericórdia de Deus, ‘que não quer que alguns venham a perder-se, mas que todos se possam arrepender’ [2 Pe 2, 9]» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1035-1037).

Sugestões para a homilia

Iniciamos as sugestões com um texto do Papa Bento XVI: «Hoje, último dia do Ano Litúrgico, celebra-se a solenidade de Cristo Rei do universo: ‘Angelus do ano 2005’.

Desde o anúncio do seu nascimento, o Filho unigénito do Pai, que nasceu da Virgem Maria, é definido «rei» no sentido messiânico, ou seja, herdeiro do trono de David, segundo as promessas dos profetas, para um reino que não terá fim (Lc 1, 22-33). A realeza de Cristo permanece totalmente escondida até aos trinta anos, transcorridos em Nazaré. Depois, durante a vida pública Jesus inaugurou o novo Reino, que «não é deste mundo» (Jo 18, 36) e no final realizou-o plenamente com a sua morte e ressurreição.

Ao aparecer ressuscitado aos Apóstolos disse: «Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra». (Mt 28, 18). Esta autoridade brota do amor, que Deus manifestou plenamente no sacrifício do Seu Filho.

O Reino de Cristo é dom oferecido aos homens de todos os tempos, para que aquele que acredita no Filho de Deus feito Homem «não morra mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16).

Algumas chamadas de atenção

1. Distinção entre «rei» desde o nascimento até início da vida pública de Jesus, e «o novo Reino», que não é deste mundo, e que se realiza plenamente com a sua morte e ressurreição. Este novo Reino palpa-se na expressão: «Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra» (Mt 28, 18).

2. Além disso o Reino de Cristo é dom oferecido aos homens de todos os tempos, para que aquele que acredita no Filho de Deus feito Homem «não morra mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16).

O Reino de Cristo realizou-se plenamente com a sua morte e ressurreição. Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz.

O homem de hoje só é feliz, se descobrir que a submissão à vontade de Deus o eleva acima da mediocridade.

Submeter-se a Cristo Rei é tornar-se mais humano e mais divino. Opor-se a Cristo Rei é tornar-se escravo de seus instintos. A liberdade dos que amam e servem a Cristo Rei abre auto-estradas e constrói pontes. Quando realizámos só o que nos apetece, gerámos círculos fechados e abrimos as portas à violência, ao ódio, à guerra, à corrupção.

O Alerta de Paulo VI:

«Cristo Rei é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude de todas as suas aspirações.

Vivificados e reunidos no seu Espírito, caminhamos em direcção à perfeição final da história humana, que corresponde plenamente ao seu desígnio de amor: «recapitular todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra» (Ef. 1, 10) (Gaudium et spes, 45)

À luz da centralidade de Cristo, a Gaudium et Spes interpreta a condição do homem contemporâneo, a sua vocação e dignidade, assim como os âmbitos da sua vida: a família, a cultura, a economia, a política e a comunidade internacional. Esta é a missão da Igreja, ontem, hoje e sempre: anunciar e dar testemunho de Cristo, para que o homem, todo o homem, possa realizar plenamente a sua vocação.

A Virgem Maria, que Deus associou de modo singular à realeza do Seu Filho, nos conceda acolhê-Lo como Senhor da nossa vida, para cooperar fielmente no advento do Seu Reino de amor, de justiça e de paz.»

Obedecendo com santa alegria aos mandamentos de Cristo Rei do Universo, viveremos para sempre com Ele no reino celeste.

Fala o Santo Padre

«O Reino de Cristo é dom oferecido aos homens de todos os tempos.»

Caros irmãos e irmãs

Hoje, último domingo do Ano litúrgico, celebra-se a solenidade de Cristo Rei do universo. Desde o anúncio do seu nascimento, o Filho unigénito do Pai, que nasceu da Virgem Maria, é definido «rei» no sentido messiânico, ou seja, herdeiro do trono de David, segundo as promessas dos profetas, para um reino que não terá fim (cf. Lc 1, 32-33). A realeza de Cristo permaneceu totalmente escondida, até aos seus trinta anos, transcorridos numa existência comum em Nazaré. Depois, durante a vida pública, Jesus inaugurou o novo Reino, que «não é deste mundo» (Jo 18, 36) e no final realizou-o plenamente com a sua morte e ressurreição. Ao aparecer ressuscitado aos Apóstolos, disse: «Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra» (Mt 28, 18): esta autoridade brota do amor, que Deus manifestou plenamente no sacrifício do seu Filho. O Reino de Cristo é dom oferecido aos homens de todos os tempos, para que todo aquele que acredita no Verbo encarnado «não morra, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). Por isso, precisamente no último Livro da Bíblia, o Apocalipse, Ele proclama: «Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim» (Ap 22, 13).

«Cristo Alfa e Ómega», assim se intitula o parágrafo que conclui a primeira parte da Constituição pastoral Gaudium et spes, do Concílio Vaticano II, promulgada há quarenta anos. Naquela bela página, que retoma algumas palavras do servo de Deus Papa Paulo VI, lemos: «O Senhor é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações». E assim continua: «Vivificados e reunidos no seu Espírito, caminhamos em direcção à perfeição final da história humana, que corresponde plenamente ao seu desígnio de amor: «recapitular todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra» (Ef 1, 10)» (Gaudium et spes, 45). À luz da centralidade de Cristo, a Gaudium et spes interpreta a condição do homem contemporâneo, a sua vocação e dignidade, assim como os âmbitos da sua vida: a família, a cultura, a economia, a política e a comunidade internacional. Esta é a missão da Igreja ontem, hoje e sempre: anunciar e dar testemunho de Cristo, para que o homem, todo o homem, possa realizar plenamente a sua vocação.

A Virgem Maria, que Deus associou de modo singular à realeza do seu Filho, nos conceda acolhê-lo como Senhor da nossa vida, para cooperar fielmente no advento do seu Reino de amor, de justiça e de paz.

Bento XVI, Angelus, 20 de Novembro de 2005

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, este sacrifício da reconciliação humana e, pelos méritos de Cristo vosso Filho, concedei a todos os povos o dom da unidade e da paz. Por Nosso Senhor…

Prefácio

Cristo, Sacerdote e Rei do universo

V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:

Com o óleo da alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do universo o vosso Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor, para que, oferecendo-Se no altar da cruz, como vítima de reconciliação, consumasse o mistério da redenção humana e, submetendo ao seu poder todas as criaturas, oferecesse à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz.

Por isso, com os Anjos e os Arcanjos e todos os coros celestes, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.

Monição da Comunhão

Cristo reina em cada um de nós na medida em que comungamos com frequência.

 

Salmo 28, 10-11

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: O Senhor está sentado como Rei eterno; O Senhor abençoará o seu povo na paz.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos alimentastes com o pão da imortalidade, fazei que, obedecendo com santa alegria aos mandamentos de Cristo, Rei do universo, mereçamos viver para sempre com Ele no reino celeste. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

RITOS FINAIS

Monição final

Para mostrares que Cristo reina em teu coração, deves cumprir sempre a vontade de Deus e amar como Cristo amou.

HOMILIAS FERIAIS

34ª SEMANA

2ª Feira: Vida eterna e desprendimento.

Ap 14, 1-3. 4-5 / Lc 21, 1-4

Viu também uma viúva pobrezinha deitar lá duas moedas… esta viúva deitou mais do que todos.

Quem quiser ser discípulo de Jesus deve viver o desprendimento dos bens materiais: «São eles (os bem-aventurados) que seguem o Cordeiro para onde quer que Ele vá» (Leit).

Mas esse desprendimento é também necessário para entrar no reino dos céus: «Pouco antes da sua paixão, deu-lhes o exemplo da viúva pobre de Jerusalém que, da sua penúria, deu tudo o que tinha para viver (cf Ev). O preceito do desapego das riquezas é obrigatório para entrar no reino dos céus» (CIC, 2544).

3ª Feira: Vitória do reino de Cristo.

Ap 14, 14-19 / Lc 21, 5-11

Mestre, por que será tudo isto? Que sinal haverá de que está para acabar?

Jesus profetiza a destruição do magnífico templo de Jerusalém, orgulho dos judeus (cf Ev). Mas também se refere ao fim dos tempos. Quando acontecerá? «Mete a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar; a seara da terra está madura» (Leit).

O reino de Cristo ainda não está acabado. «É ainda atacado pelos poderes do mal, embora estes já tenham sido radicalmente vencidos pela Páscoa de Cristo… Por este motivo, os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para que se apresse o regresso de Cristo, dizendo-lhe ‘Vem, Senhor’» (CIC, 671).

4ª Feira: Firmeza nas tribulações.

Ap 15, 1-4 / Lc 21, 12-19

Deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, para vos entregarem às sinagogas e às prisões.

«Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na terra (cf Ev), porá a descoberto o ‘mistério da iniquidade’» (CIC, 675).

No meio dos obstáculos e dificuldades, procuremos manter-nos firmes, pois a vitória já está conseguida: «Vi também uma espécie de mar cristalino misturado com fogo, e os vencedores do Monstro, da sua imagem e do número do seu nome, de pé, sobre o mar cristalino, com harpas divinas» (Leit).

5ª Feira: O juízo final e as conversões diárias.

Ap 18, 1-2. 21-33; 19, 1-3. 9 / Lc 21, 20-28

Nessa altura verão o Filho do homem vir numa nuvem com grande poder e glória.

A consumação do reino far-se-á por uma vitória de Deus sobre a manifestação do mal (cf Leit). Tomará a forma de juízo final, após o último abalo cósmico deste mundo passageiro.

Quando se der esta vinda gloriosa de Cristo (cf Ev), terá lugar o juízo final: «A mensagem do juízo final é um apelo à conversão, enquanto Deus dá ainda aos homens o tempo favorável, o tempo de salvação» (CIC, 1041). Procuremos dar uma resposta a esta mensagem, através de pequenas conversões diárias.

6ª Feira: Novos céus e nova terra.

Ap 20, 1-4. 11-21, 2 / Lc 21, 29-33

Vi então um novo céu e uma nova terra… Vi depois a cidade santa, a nova Jerusalém que descia do céu.

«A esta misteriosa renovação que há-de transformar o mundo, a Sagrada Escritura chama ‘os novos céus’ e a ‘nova terra’ (cf Leit)» (CIC, 1043).

O significado da cidade santa é o seguinte: «Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos resgatados, a ‘cidade santa de Deus’ (Leit). Esta não mais será atingida pelo pecado, pelas manchas, pelo amor próprio, que destroem e ferem a comunidade terrena dos homens. A visão beatífica será a fonte inexaurível da felicidade, da própria e da mútua comunhão» (CIC, 1045).

Sábado: Condições para chegar ao céu.

Ap 22, 1-7 / Lc 21, 34-36

O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos irão prestar-lhe culto: hão-de vê-lo frente a frente.

S. João refere-se à visão do céu (cf Leit). «Os que morrem na graça e na amizade de Deus e estiverem perfeitamente purificados viverão para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o verão tal como Ele é, face a face (cf Leit)» (CIC, 1023).

Para preenchermos estas condições temos que estar vigilantes. A vigilância compreende a oração: «Velai e orai em todo o tempo» (Ev); à mortificação, lutando contra a «intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida» (Leit).

Celebração e Homilia:  ADRIANO TEIXEIRA

Nota Exegética:       GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:      NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:   DUARTE NUNO ROCHA

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