Roteiro Homilético – VII Domingo do Tempo Comum – Ano A

RITOS INICIAIS

 

ANTÍFONA DE ENTRADA: Eu confio, Senhor, na vossa bondade. O meu coração alegra-se com a vossa salvação. Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.

 

 Introdução ao espírito da Celebração

 

A fé cristã assenta na sabedoria que vem de Deus e não do mundo. Somos convidados a olhar para os homens nossos irmãos, amando-os como Deus os ama. A santidade a que somos chamados consiste em fazer a vontade de Deus nosso Pai, que ama a todos, sem distinção. Amando os que nos perseguem e orando pelos nossos inimigos, sabemos que somos filhos de Deus. Quanta exigência e quanta motivação contida nesta frase imperativa do Divino Mestre: Sede perfeitos como é perfeito o vosso pai celeste!

 

ORAÇÃO COLECTA: Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, meditando continuamente nas realidades espirituais, pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Sede santos! Deus propõe-nos o mandamento do amor como caminho de santidade, porque o amor entre os homens é o sinal do amor divino.

 

Levítico 19, 1-2.17-18

1O Senhor dirigiu-Se a Moisés nestes termos: 2«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo’. 17Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu próximo, para não incorreres em falta por causa dele. 18Não te vingarás, nem guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor».

 

O texto da leitura de hoje, tirado da quarta e última parte do Levítico, o chamado Código de Santidade (Lv 17 – 26), foi escolhido em função do Evangelho que apela à santidade de vida.

2 «Sede santos, porque Eu sou Santo». É uma ideia mestra do Levítico. Deus é a infinita grandeza e majestade, transcendente e inacessível a todos os restantes seres, criaturas suas. Ele é esse misterium fascínams et tremendum, cuja presença infunde respeito e temor (cf. Ex 33, 18-23); e isto a tal ponto, que o homem sente perante Ele o abismo do seu nada e da sua indignidade, por isso crê não ser possível ver a Deus e continuar a viver. Só Deus é santo, transcendente, mas todos os seres que estão em contacto com Ele e Lhe são consagrados participam da santidade de Deus, tornam-se santos, separados do profano, consagrados ao seu serviço e ao seu culto, e não apenas os lugares, tempos, objectos e pessoas, especialmente os sacerdotes, mas também todo o povo de Israel, porque foi escolhido entre os povos, para ser o povo de Deus: «vós sereis para mim um reino de sacerdotes e um povo santo» (Êx 19, 6); «sede, portanto, santos para Mim, porque Eu, Yahwéh, sou Santo e separei-vos de entre os povos, a fim de serdes meus» (Lv 20, 26). Porque o Povo era propriedade divina e estava todo ele dedicado ao culto, tinha de observar umas tantas normas de pureza ritual que lhe fizessem tomar consciência desta condição de pertença divina e dedicação ao culto. Esta santidade cultual e pureza legal não terminava no puramente legal, ritual e externo, pois ela simbolizava, protegia e fomentava a santidade interior, a perfeição moral: a separação do profano conduz à fuga do pecado, a pureza ritual postula a pureza de consciência (cf. Is 6,3-7). Todo o complicado sistema religioso do Levítico destinava-se a preparar as pessoas para Cristo que nos diz: sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,48), como se lê no Evangelho deste Domingo.

 

Salmo Responsorial

Sl 102 (103), 1-2.3-4.8.10.12-13 (R. 8a)

 

Monição: Este salmo é um poema de louvor à bondade divina. «Como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que O temem.» Em comunhão com toda a Igreja, cantamos: «O Senhor é clemente e cheio de compaixão!»

 

Refrão:        O SENHOR É CLEMENTE E CHEIO DE COMPAIXÃO.

Ou:         SENHOR, SOIS UM DEUS CLEMENTE E COMPASSIVO.

 

Bendiz, ó minha alma, o Senhor

e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor

e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

 

Ele perdoa todos os teus pecados

e cura as tuas enfermidades;

salva da morte a tua vida

e coroa-te de graça e misericórdia.

 

O Senhor é clemente e compassivo,

paciente e cheio de bondade;

não nos tratou segundo os nossos pecados,

nem nos castigou segundo as nossas culpas.

 

Como o Oriente dista do Ocidente,

assim Ele afasta de nós os nossos pecados;

como um pai se compadece dos seus filhos,

assim o Senhor Se compadece dos que O temem.

 

 

Segunda Leitura

 

Monição: S. Paulo ensina-nos: «Tudo é vosso; vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.» Por Jesus Cristo todos somos chamados à unidade. Há um só Corpo, um só Espírito, um só Senhor, uma só fé e um só Baptismo. A unidade da Igreja é fruto do Espírito Santo que habita em nós e realiza a maravilhosa comunhão dos fiéis!

 

Coríntios 3, 16-23

16Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo. 18Ninguém tenha ilusões. Se alguém entre vós se julga sábio aos olhos do mundo, faça-se louco, para se tornar sábio. 19Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus, como está escrito: «Apanharei os sábios na sua própria astúcia». 20E ainda: «O Senhor sabe como são vãos os pensamentos dos sábios». 21Por isso, ninguém deve gloriar-se nos homens. Tudo é vosso: 22Paulo, Apolo e Pedro, o mundo, a vida e a morte, as coisas presentes e as futuras. Tudo é vosso; 23mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.

 

Continuamos neste Domingo com a leitura da 1ª parte da Carta aos Coríntios, em que S. Paulo pretende pôr cobro às divisões em grupinhos rivais: os coríntios iam atrás de sabedoria humana e não divina, ao gloriarem-se em pregadores preferidos. No seu apelo à unidade, Paulo apresenta a Igreja como um edifício sólido, em que todos têm de estar unidos, para se manter firme.

16-17 «Templo de Deus». A comunidade cristã de Corinto (e a Igreja universal) é designada desta forma, pois nela habita o Espírito Santo e nela exerce a sua acção santificadora. Em 1 Cor 6, 19 cada fiel em particular é também chamado templo de Deus. «Destruir o templo de Deus», a Igreja, é espalhar a má doutrina, os maus exemplos (daqui provém a expressão, conduta desedificante), mas também o atentar contra a unidade da Igreja, nem que seja só por promover capelinhas.

21-22 «Tudo é vosso». S. Paulo quer rebater aqueles cristãos com menos formação que se queriam prender demasiado ao prestígio da pessoa dos pregadores do Evangelho – eu cá sou de Apolo», eu cá sou de Paulo, eu cá sou de Pedro (v. 4) – e que, com demasiada visão humana, se gloriavam dos homens e dos seus dotes de eloquência, mostrando assim estarem imbuídos duma sabedoria deste mundo (v. 19). Por isso exclama: tudo é vosso,incluindo os pregadores e chefes da Igreja (Apolo, Paulo, Pedro); estes não são os proprietários dos fiéis, mas eles pertencem à comunidade dos fiéis, como seus servos (cf. 2 Cor 4, 5), por isso não tem sentido andarem a dizer:sou de Paulo, sou de Apolo… (v. 4). «Vós sois de Cristo!» e «Cristo é de Deus», enquanto homem; considerado como pessoa, Ele mesmo é Deus (cf. Filp 2, 6-11).

 

Aclamação ao Evangelho        

1 Jo 2, 5

 

Monição. «Quem observa a palavra de Jesus Cristo, nesse o Amor de Deus é perfeito!» Estas palavras de aclamação ao Evangelho são tiradas da primeira carta de S. João (1 Jo 2,5). Aclamemos Jesus Cristo, que nos convida a sermos perfeitos como é perfeito o pai celeste!

 

ALELUIA

 

Quem observa a palavra de Cristo,  nesse o amor de Deus é perfeito.

 

 

Evangelho

 

São Mateus 5, 38-48

38«Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. 39Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. 40Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. 41Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. 42Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado.43Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. 44Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, 45para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. 46Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? 47E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? 48Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

 

Continuamos neste Domingo com o Sermão da Montanha, na primeira parte, em que se agora é abordado o tema central da Boa Nova, a caridade para com todos.

39-40 «Não resistais ao homem mau». Jesus, com a lei do amor – o mandamento novo (Jo 13, 34) –, revoga para sempre a lei da vingança, que, embora moderada pela lei do talião (Ex 21, 23; Lev 24, 19-20; Dt 19, 18-21), era uma lei de desforra ditada não pelo amor, mas pelo zelo da própria honra ou da honra da família ou do clã. A lei do talião correspondia a um grande avanço moral e social para os tempos do Antigo Testamento, pois evitava uma vingança exagerada, que só provocaria novas vinganças sem fim; esta lei estabelecia o critério de que o castigo devia ser tal qual o delito, não podendo ser maior, daí o seu nome: talião. Jesus Cristo estabelece novas bases – o amor, o perdão das ofensas, a superação do orgulho – sobre as quais os homens hão-de atender a uma defesa razoável dos seus direitos. Os exemplos que Jesus dá, tão incisivos – oferecer a outra face, deixar a capa –, apontam para um novo espírito, com que têm de ser solucionados os conflitos, não são exemplos a indicar a letra da lei!

43 «Amarás o teu próximo, odiarás o teu inimigo». Só a 1ª parte estava expressa na Sagrada Escritura (cf. Lev 19, 18 – 1.a leitura). Os judeus consideravam próximo apenas os parentes, amigos e correligionários, ideia que Jesus corrigiu (cf. Lc 10, 25-37). A lei do ódio ao inimigo era deduzida das prescrições relativas aos gentios, para se evitar o contágio da idolatria (cf. Dt 20, 13-17; 23, 4-7; 25, 17-19).

48 «Sede perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito». A expressão não é um paradoxo, pois rigorosamente falando, é impossível que a criatura alcance a perfeição de Deus. Mas esta é a meta para que deve tender todo o discípulo de Cristo. A santidade é a vocação de todo o baptizado. João Paulo II propôs como objectivo para o caminho da Igreja no 3º milénio a santidade de vida para todos: «Como explicou o Concílio, este ideal de perfeição não deve ser objecto de equívoco, vendo nele um caminho extraordinário, capaz de ser percorrido apenas por algum génio da santidade. Os caminhos da santidade são variados e apropriados à vocação de cada um. Agradeço ao Senhor por me ter concedido, nestes anos, beatificar e canonizar muitos cristãos, entre os quais numerosos leigos que se santificaram nas condições ordinárias da vida. É hora de propor de novo a todos, com convicção, estamedida alta da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nesta direcção. Mas é claro também que os percursos da santidade são pessoais e exigem uma verdadeira e própriapedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja».

 

Sugestões para a homilia

«Amarás o teu próximo como a ti mesmo!»

No Domingo passado, ouvimos Jesus dizer que não veio revogar, mas dar pleno cumprimento à lei e às profecias. Hoje, continuamos a ler este discurso, tirado do capítulo quinto de S. Mateus, conhecido como o Sermão da montanha. Jesus explica a novidade da Nova Aliança, do Novo Testamento, cuja base assenta na caridade para com todos os homens! O preceito «de amar o próximo» é antigo! «Amarás o teu próximo como a ti mesmo!» (Lev19,17-18) Na prática, este mandamento, limitava-se aos membros do povo bíblico. Jesus alarga o horizonte e pede-nos para amarmos todos os homens, nossos irmãos. Este amor universal torna-se sinal credível daquele Amor eterno e compassivo de Deus para com toa a humanidade. Por isso, Jesus convida-nos: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste!» Apontando para o exemplo do Pai celeste, que faz brilhar o sol para bons e maus e que manda chover para justos e pecadores, Jesus pede-nos para dar a outra face e amar os inimigos. Jesus aponta-nos uma meta muito alta para não nos contentarmos com a mediocridade. O horizonte do Reino de Deus não fica limitado pelas dificuldades da terra, mas alarga-se até ao Céu! Deus é Pai de todos. Não podemos classificar os nossos irmãos como bons e maus, com base em critérios ideológicos, religiosos, étnicos ou morais: «Deus não faz acepção de pessoas!» (Rom 2, 11) Só Deus é termo de comparação para todos, porque Ele é «Clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade». E se alguém é mau para connosco não é negando-lhes a chuva e o sol da nossa bondade que se tornará melhor. Além disso, recordemos que «Jesus morreu por nós quando éramos pecadores!» (Rom 5, 8) Deus ama gratuitamente! Deus é justo e Santo! Aceitemos o seu convite que nos dirigiu no livro do Levítico: «Sede Santos porque Eu sou Santo!» A nossa bondade para com todos á aquela luz que há-de brilhar no mundo para que os homens vejam as nossas boas obras e nos possam reconhecer como discípulos de Jesus e glorifiquem O Pai que está nos Céus! Além disso, o nosso amor fraterno é sinal da nossa filiação divina! Guardemos no nosso coração a Palavra que Jesus nos dirige e ponhamo-la em prática com diligência para alcançarmos a perfeição, a santidade: «Amai os vossos inimigos! Orai pelos que vos perseguem para serdes filhos do vosso Pai celeste!»

 

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Concedei, Senhor, que celebremos dignamente estes divinos mistérios, de modo que os dons oferecidos para vossa glória sejam para nós fonte de eterna salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

SANTO

 

Monição da Comunhão

 

«A obra da evangelização pressupõe em nós um grande amor fraterno. São sinais deste amor a preocupação pela verdade, o respeito pela situação religiosa e espiritual de todas as pessoas. Respeito pela sua consciência e pelas suas convicções.» (EN 79)

«A prática da caridade fraterna é um acto da Igreja e faz parte da sua missão originária.» Papa Bento XVI, Deus caritas est, nº 32

 

Salmo 9,2-3

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Cantarei todas as vossas maravilhas. Quero alegrar-me e exultar em Vós. Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.

 

Ou

Jo 11,27

Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo, o Salvador do mundo.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Nós Vos pedimos, Deus omnipotente, que este sacramento de salvação seja para nós penhor seguro de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Ó Pai eterno, abismo de caridade!

Ó Pai celeste, abismo de eterna Bondade e eterna Misericórdia!

Por que és tão louco de Amor?

Por que Te prendes à tua criatura?

Por que colocas nela a tua complacência?

Por que colocas nela as tuas delícias?

O desejo da sua salvação é em ti uma embriaguez: a criatura foge e Tu partes à sua procura. Ela afasta-se e Tu a procuras. Poderias vir para mais perto dela do que revestires-te da sua humanidade?

(Stª Catarina de Sena)

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

7ª SEMANA

 

2ª Feira, 24-II: A força da oração, feita com fé.

Sir 1, 1-10 / Mc 9, 14-29

Jesus replicou-lhe: Se podes?! Tudo é possível a quem acredita.

«Tal é a força da oração: ‘tudo é possível a quem crê’ (Ev.), com uma fé que não hesita» (CIC, 2610).

A fé é a nossa resposta à palavra de Deus, onde reside a Sabedoria: «A fonte da Sabedoria é a palavra de Deus no alto dos céus, e os seus caminhos são preceitos eternos» (Leit.). Procuremos acolher com fé a palavra de Deus, que nos indica o caminho do Céu. A oração, cheia de fé, é o melhor meio de vencermos as tentações, de ultrapassarmos as dificuldades, de obtermos do Senhor aquilo que precisamos.

 

3ª Feira, 25-II: Cadeira de S. Pedro: União com o Papa.

1 Ped 5, 1-4 / Mt 16, 13-19

Eu também te digo a ti: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.

Esta Festa da Cadeira de S. Pedro é uma boa oportunidade para vivermos bem a unidade à volta do Papa. É esta uma vontade expressa do Senhor (Ev.).

Cristo, que é a pedra angular, garante à Igreja, edificada sobre Pedro, o triunfo sobre o demónio (Ev.). Apoiemos o Papa com as nossas orações e sacrifícios; sigamos fielmente os seus ensinamentos e ajudemos todos a viver a unidade da doutrina. Peçamos, pois, para todos os pastores de almas: «Apascentai o rebanho de Deus, velai por ele, para serdes modelos do rebanho» (Leit.).

 

4ª Feira, 26-II: Compromisso na animação cristã da sociedade.

Sir 4, 11-19 / Mc 9, 38-40

Não o impeçais, pois ninguém pode fazer um milagre em meu nome e logo a seguir dizer mal de mim.

Ao anunciar a Boa Nova o que é mais importante é a proclamação da verdade sobre Cristo e sobre o homem, em união filial com o Papa e os Bispos. Quem assim dá testemunho apostólico recebe a bênção do Senhor: «Quem conquista (a Sabedoria) recebe a glória como herança: para onde quer que vá, tem a bênção do Senhor» (Leit.).

Esta Sabedoria levará cada fiel a comprometer-se na animação cristã da sociedade em que vive, apoiado nos ensinamentos do Magistério da Igreja, aplicados com liberdade e responsabilidade.

 

5ª Feira, 27-II: Evitar as ocasiões de pecado.

Sir 5, 1-8 / Mc 9, 41-50

Não esperes para te converteres ao Senhor, pois subitamente há-de irromper a sua indignação, e no tempo do castigo serás exterminado.

«Jesus fala muitas vezes da ‘gehena do fogo que não se apaga’ (Ev.), reservada aos que recusam até ao fim da vida acreditar e converter-se» (CIC, 1034). Para evitar isso, somos convidados à conversão, sem demoras (Leit.).

Muitas vezes a conversão consiste em rejeitar decididamente o que for para nós ocasião de pecado: «A pessoa temperada orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã descrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração (Leit.)» (CIC, 1809). E: «Se um dos teus olhos for para ti ocasião de pecado, deita-o fora» (Ev.).

 

6ª Feira, 28-II: A fidelidade no matrimónio.

Sir 6, 5-17 / Mc 10, 12

Quem despedir a sua mulher e casar com outra comete adultério em relação à primeira.

Infelizmente são muitos os católicos que recorrem ao divórcio e depois contraem civilmente uma nova união: «A Igreja mantém, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo (Ev.), que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro matrimónio foi válido» (CIC, 1650).

É muito importante viver a amizade: «O amigo fiel é abrigo seguro: quem o encontrou descobriu um tesouro» (Leit.) A amizade precisa ser protegida e defendida, mantida firme nas dificuldades, resistente ao passar do tempo e das contradições.

 

Sábado, 01-III: Restauração da ‘imagem’ de Deus.

Sir 17, 1-15 / Mc 10, 13-16

À semelhança de si mesmo, Deus revestiu-os (aos homens) de força e formou-os à sua própria imagem.

Esta imagem e semelhança de Deus foram restauradas no homem por Cristo, apesar de desfigurada pelo pecado e pela morte: «Na economia da salvação, o próprio Filho assumirá a ‘imagem’ e restaurá-la-á na ‘semelhança’ com o Pai» (CIC, 705).

Ajudaremos Jesus nesta restauração se, por exemplo, nos fizermos como crianças diante de Deus (Ev.). Precisamos ter uma vontade firme para nos comportarmos como filhos de Deus, dóceis à sua vontade; vivermos com simplicidade e abandono em Deus.

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:         JOSÉ ROQUE

Nota Exegética:                    GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                  NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                DUARTE NUNO ROCHA

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