Roteiro Homilético – XIV Domingo do Tempo Comum – Ano B

RITOS INICIAIS

 

Salmo 47, 10-11

ANTÍFONA DE ENTRADA: Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Toda a terra proclama o louvor do vosso nome, porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Pelo baptismo fomos incorporados a Cristo Profeta. A celebração deste domingo interpela-nos, a que atentos à Palavra de Deus e aos seus sinais no mundo de hoje, procuremos de forma consciente e responsável, construir o seu reino.

Num mundo de preconceitos em relação a Cristo, à Comunidade dos seus discípulos, a Igreja, importa dar as razões da nossa fé e abandonarmos as atitudes passivas do «deixa andar». É preciso entender o seguimento de Cristo como compromisso e algo dinâmico.

É necessário ouvir «eu te envio» ou «basta-te a minha graça» para percorrer todos os espaços na perspectiva de semear Evangelho.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus de bondade infinita, que, pela humilhação do vosso Filho, levantastes o mundo decaído, dai aos vossos fiéis uma santa alegria, para que, livres da escravidão do pecado, possam chegar à felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: O Profeta é convidado e enviado. Ele não se deve preocupar tanto com os resultados como com a fidelidade à mensagem, disponibilidade e ser testemunho vivo entre o povo.

 

Ezequiel 2, 2-5

Naqueles dias, 2o Espírito entrou em mim e fez-me levantar. Ouvi então Alguém que me dizia: 3«Filho do homem, Eu te envio aos filhos de Israel, a um povo rebelde que se revoltou contra Mim. Eles e seus pais ofenderam-Me até ao dia de hoje. 4É a esses filhos de cabeça dura e coração obstinado que te envio, para lhes dizeres: ‘Eis o que diz o Senhor’. 5Podem escutar-te ou não – porque são uma casa de rebeldes –, mas saberão que há um profeta no meio deles».

 

A leitura refere a vocação e a missão do profeta Ezequiel, no exílio de Babilónia. É impressionante o contraste entre a grandeza da glória do Senhor antes descrita gongoricamente no capítulo 1º e a debilidade do seu profeta; é Deus que lhe dá força e o anima a dirigir-se a «um povo de cabeça dura».

3 «Filho de homem». Esta expressão, com que repetidamente é designado o profeta, põe em contraste a pouquidão humana com a grandeza divina. Quase só em Ezequiel aparece este título; Jesus há-de assumi-lo para indicar a aparência humilde com que se revela; esta expressão era uma forma discreta de se referir a si (um asteísmo), equivalente a este homem; mas, em parte, a expressão era também um título glorioso (cf. Dan 7, 13). De qualquer modo, é um título exclusivamente usado pelo próprio Jesus, pois mais ninguém assim O chama. O cristológico deste título é belamente exposto por Bento XVI (Jesus de Nazaré, cap. X).

 

Salmo Responsorial Sl 122 (123), 1-2a.2bcd.3-4 (R. 2cd)

 

Monição: A atitude de confiança brota da certeza da fé. Deus está connosco. Ele é o grande obreiro da salvação. Devo confiar diante de todas as dificuldades.

 

Refrão: OS NOSSOS OLHOS ESTÃO POSTOS NO SENHOR,

ATÉ QUE SE COMPADEÇA DE NÓS.

 

Levanto os meus olhos para Vós,

para Vós que habitais no Céu,

como os olhos do servo

se fixam nas mãos do seu senhor.

 

Como os olhos da serva

se fixam nas mãos da sua senhora,

assim os nossos olhos se voltam para o Senhor nosso Deus,

até que tenha piedade de nós.

 

Piedade, Senhor, tende piedade de nós,

porque estamos saturados de desprezo.

A nossa alma está saturada do sarcasmo dos arrogantes

e do desprezo dos soberbos.

 

Segunda Leitura

 

Monição: A Palavra que Deus quer que guardemos e anunciemos é o Seu Filho muito amado.

Paulo foi eloquente em tudo isso! Apesar de sentir dificuldades ele gloria-se nas suas fraquezas para que mais claramente resplandeça o poder e a força de Deus.

 

2 Coríntios 12, 7-10

Irmãos: 7Para que a grandeza das revelações não me ensoberbeça, foi-me deixado um espinho na carne, – um anjo de Satanás que me esbofeteia – para que não me orgulhe. 8Por três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. 9Mas Ele disse-me: «Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se manifesta todo o meu poder». Por isso, de boa vontade me gloriarei das minhas fraquezas, para que habite em mim o poder de Cristo. 10Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas adversidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor de Cristo, porque, quando sou fraco, então é que sou forte.

 

A leitura é tirada da 3.ª parte de 2 Cor, em que S. Paulo entra em polémica com os que pretendiam desautorizá-lo. Não receia mesmo apelar para «revelações» extraordinárias (12, 1-6). O texto é rico de ensinamentos para a vida cristã: a humildade, a confiança no poder da graça de Deus e a necessidade da oração. «Um espinho na carne»: a natureza deste espinho é muito discutida. Parece menos provável que se trate de tentações violentas ou de angustiantes preocupações pastorais. É mais provável que se trate de alguma doença que o afligia (paludismo, doença nervosa, doença nos olhos, sendo esta última explicação a mais seguida, a partir dos elementos deduzidos de Act 9, 8-9.18; 23, 5; Gal 4, 15; 6, 11.

 

Aclamação ao Evangelho cf. Lc 4, 18

 

Monição: A rejeição a Jesus Cristo é sinal do Seu Messianismo. Na mais sadia tradição profética, Jesus é apresentado como o Profeta que «havia de vir ao mundo», e na rejeição se confirma a sua autenticidade.

 

ALELUIA

 

CÂNTICO: M. Faria, NRMS 16

 

O Espírito do Senhor está sobre mim:

Ele me enviou a anunciar o Evangelho aos pobres.

 

 

Evangelho

 

São Marcos 6, 1-6

Naquele tempo, 1Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? 3Não é Ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?» E ficavam perplexos a seu respeito. 4Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». 5E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.

 

Por este episódio fica claro que Jesus, embora socialmente aparecesse como um mestre entre tantos, Ele não o era como os restantes, pois não tinha o curriculum de mestre, por isso não vêem nele mais do que um simples carpinteiro, alguém que vivera em tudo uma vida igual à dos seus conterrâneos. «Tiago e José» eram primos de Jesus, filhos duma outra Maria, como se diz em Mt 27, 57 (cf. Mc 15, 47); irmão era uma forma de designar todos os familiares.

3 «O filho de Maria». Alguns deduzem daqui que S. José já tinha morrido, o que é mais do que provável; com efeito, em todas as passagens onde se fala de parentes de Jesus, nunca se nomeia S. José. Há porém aqui um pormenor curioso: nos lugares paralelos de Mateus e Lucas, Jesus é chamado «filho do carpinteiro» (Mt 13, 55) e «filho de José» (Lc 4, 22). No entanto, não são os Evangelistas a designá-lo assim, mas os ouvintes do Senhor. Mateus e Lucas, que já tinham deixado clara a virgindade de Maria, nos episódios da infância de Jesus, não têm receio de recolher a designação corrente de «filho de José». S. Marcos, que não tinha referido ainda a virgindade da Mãe de Jesus, evita cuidadosamente a designação de «filho de José», para que os seus leitores não venham a confundir as coisas. É pois destituído de fundamento afirmar que S. Marcos ignorava a virgindade de Maria.

 

Sugestões para a homilia

 

1- Vocação e Missão do Profeta

2- Jesus Cristo: Profeta por excelência.

3- A missão profética, hoje.

 

1- Vocação e Missão do Profeta.

 

O profeta é chamado por Deus para uma missão, quase sempre exigente, trabalhosa e difícil.

Ele deve ter consciência da sua normalidade. Apesar da sua fragilidade, Deus o escolheu e o enviou. A mensagem que irá transmitir não é sua. Por isso se lhe pede escuta, docilidade e fidelidade no anúncio, no ensino e no testemunho.

Perante tal missão e na consciência da sua pobreza e fragilidade ele deve munir-se de profunda confiança em Deus; ser pessoa de oração e de escuta da Palavra de Deus; deve possuir consciência de solidariedade e se preocupar com o destino dos outros. E na fidelidade à verdade da mensagem, estar disponível para se fazer doação total, dando se for necessário, a própria vida.

A mensagem que Deus lhe pede é de convite à conversão, purificador da Aliança, anunciador da santidade e beleza de Deus, trabalhador incansável da dignidade humana, libertador dos esquemas de morte, dinâmico colaborador no apontar para Jesus Cristo.

Quase sempre, na boa tradição profética, o esperará o desprezo, a rejeição, a eliminação, a perseguição e, às vezes, a própria morte.

 

 

2- Jesus Cristo: Profeta por excelência.

 

Jesus Cristo apresenta-se com uma beleza magnífica. O quadro do Evangelho de hoje apresenta-nos a sua dignidade humana, a serenidade e novidade das suas atitudes e palavras, o cumprimento da mais genuína tradição profética.

O filho do carpinteiro, sem nome, talvez a fazer referência a que José já não vivia. E o salientar do «filho de Maria» em que o evangelista apela à sua concepção virginal e sua divindade, realçam quanto o nosso Deus amou a nossa humanidade e se fez igual a nós.

Depois a força reveladora e dinamizadora desse gesto, o «filho do carpinteiro» a traduzir que não são as roupas ou as profissões que traduzem a grandeza da pessoa, mas a sua dignidade e o serviço. Neste gesto de Deus se revoluciona radicalmente a sociedade.

Deus fala-nos por seu Filho. E quantas vezes o Pai dá testemunho d’Ele e nos pede para O escutarmos! E também o Espírito Santo dá testemunho ao conduzir-nos ao acto mais belo da nossa fé: crer que Jesus Cristo é o verdadeiro Filho de Deus e Filho de Maria. E Paulo nos dá um testemunho belo de profunda confiança e entrega.

Em Cristo mensageiro e mensagem se identificam. Ele comunica por palavras e por gestos a novidade do amor de Deus.

 

 

3- A missão profética, hoje.

 

A Palavra de Deus chega hoje até nós através da palavra humana, de pessoas que apresentam garantias e são testemunhas credíveis.

Pelo baptismo, em nós nasceu a vocação de profeta. Ser pessoa em quem Deus confia os seus mistérios de amor: anunciando e denunciando; construindo e destruindo.

O encontro com Cristo não é um acontecimento meramente pessoal, fechado no âmbito de uma espiritualidade amuralhada e egoísta. Pelo contrário o encontro e a relação pessoal com Cristo é dinamismo de caminhada, de construção e de anúncio de uma maravilhosa noticia: o Evangelho ao serviço e como proposta para todos.

A consciência de ser profeta desperta a pessoa para um cristianismo vivo, dinâmico e audaz. Um cristianismo dos sentidos, isto é, tudo deve ser afirmação responsável da realização do projecto de Deus. Todos os sentidos devem estar despertos para auscultar os sinais, pelo impulso do Espírito Santo, e serem colocados ao serviço eficiente do Evangelho. Também a inteligência especulativa e emocional devem ser «centrais» dinamizadoras da inteligibilidade da fé e de propostas sérias e convincentes do Evangelho. Mas sobretudo uma vida de autêntica fé que leva a ultrapassar as dificuldades com o júbilo do Espírito Santo. E necessariamente a vida de oração, beleza da vida pessoal e comunitária com os «olhos» e «coração» de Deus.

A nossa vida e missão devem ser compromisso e consciência de que somos enviados a um mundo, muitas vezes, fechado à fé, fechado a Cristo. E ter em conta que apesar das nossas limitações e fragilidades Deus quer contar connosco, desde que nós contemos com Ele.

Mas é preciso ser profeta para ser livre! Convidar à conversão, chamando o pecado pelo seu nome, assinalar os perigos, enfrentar os poderosos ou esquemas de pecado exige verdadeira liberdade. Liberdade dos filhos de Deus!

Ao profeta não se lhe pedem frutos, mas que seja fiel e que se apresente como profeta para que vejam que há um profeta entre eles.

Também não se pode esperar reconhecimento e gratidão. Esse, se Deus quiser, virá mais tarde, traduzindo e gravando, como a palavra foi guardada, acolhida e companheira de caminhada, no mais aparente fracasso!

É um convite fantástico a aceitarmos a graça de Deus. Só n’Ele tudo podemos e a obra não é nossa! Somos, tantas vezes, tentados em colocar o êxito nas técnicas e nos talentos naturais, quando na verdade só Deus basta e quem a Deus tem nada lhe falta.

Maria de Nazaré é modelo do profeta. Ela ensina, educa, cultiva com a sabedoria profunda e com um jeito magnífico de pedagoga: Mãe.

 

 

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Fazei, Senhor, que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique e nos conduza, dia após dia, a viver mais intensamente a vida da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

SANTO: A. Cartageno, Suplemento ao CT

 

Monição da Comunhão

 

Aceitar o desafio de comungar Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho de Maria, exige de nós coerência, dinamismo e o compromisso com o seu Reino.

Ser discípulo de Jesus Cristo, abrir de par em par as portas à sua maravilhosa presença, à novidade da sua mensagem, deve levar-nos a que publicamente, testemunhemos este Amor que impele a nossa vida pelo mistério da sua graça.

 

Salmo 33, 9

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Saboreai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que n’Ele se refugia.

 

ou

Mt 11, 28

Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes, fazei que alcancemos os benefícios da salvação e nunca cessemos de cantar os vossos louvores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

É neste mundo e a este mundo que me é proposto ser discípulo de Jesus. Um mundo, às vezes, hostil a Cristo.

Na sedução misteriosa do convite e chamamento do Senhor; na disponibilidade e docilidade ao Espírito Santo que me faz ser bom ouvinte, bom orante, bom colaborador; na acção da graça de Deus e na visão divina de não temer o aparente fracasso; na amorosa presença e conselho que a Mãe de Jesus me dirige, vou viver o cristianismo como algo dinâmico e comprometido.

 

CÂNTICO FINAL: VAMOS CAMINHANDO ALEGREMENTE, F. da Silva, NRMS 1 (II)

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

14ª SEMANA

 

2ª Feira: Entrar em contacto com o Senhor.

Gen 28, 10-22 / Mt 9, 18-26

Pois dizia consigo: Se eu, ao menos, lhe tocar na capa, ficarei curada.

 

Todos precisamos aproximar-nos do Senhor e tocar-lhe (cf Ev). As doenças da nossa alma, as feridas da luta interior, assim o exigem. Isso acontece quando recebemos os Sacramentos (Na comunhão sacramental tocamos no corpo de Cristo; na Confissão são-nos aplicados os méritos da Paixão de Cristo); e também quando oramos.

Deus entrou em contacto com Jacob através de um sonho, renovando uma promessa. E Jacob reconheceu essa presença de Deus: «Realmente o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia» (Leit).

 

3ª Feira: Oração e desígnios de Deus.

Gen 32, 22-32 / Mt 9, 32-38

Jacob ficou para trás sozinho. Então alguém lutou com ele até ao romper da aurora.

 

«A Tradição espiritual da Igreja divisou nesta narrativa o símbolo da oração como combate da fé e vitória da perseverança (Leit)» (CIC, 2573). Como fruto da sua petição, Jacob recebeu uma bênção de Deus e viu-o face a face (cf Leit).

Jesus, o Bom Pastor, tem grande compaixão das multidões ignorantes, que precisam de ajuda. E anima-os a pedir na oração que haja muitos trabalhadores para a messe: «Jesus exorta os seus discípulos a levar para a oração esta solicitude em cooperar como desígnio de Deus (Ev)» (CIC, 2611).

 

4ª Feira: Alimentos para matar a fome de Deus.

Gen 41, 55-57; 42, 5-7. 17-24 / Mt 10, 1-7

Ide a José e fazei o que ele vos disser…Disse-lhes José: Fazei o que vou dizer-vos e haveis de viver.

 

Em todo o mundo há esta mesma fome de Deus. E o Senhor dá-nos igualmente os alimentos adequados: a Palavra e o Pão. Assim o afirmou no discurso de Cafarnaum: A minha carne é verdadeiramente comida (cf Jo 6, 55).

Jesus enviou os Doze, pedindo-lhes que pregassem a proximidade do reino de Deus. E agora, «todos os homens são chamados a entrar no reino… Para ter acesso a ele, é preciso acolher a palavra de Deus» (CIC, 543). Recebamos com agradecimento estes alimentos de Deus, pelo menos, como recebemos os alimentos humanos.

 

5ª Feira: O recurso ao Médico divino.

Gen 44, 18-21. 23-29; 45, 1-5 / Mt 10, 7-15

Disse Jesus aos Apóstolos: Ide pregar, anunciando que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos.

 

«’Curai os enfermos’ (Ev). (A Igreja) crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e, de modo muito especial, da Eucaristia, pão que dá a vida eterna» (CIC, 1509). Se quisermos ser curados das doenças da alma, precisamos recorrer ao Médico divino, tomando estes remédios que nos são aconselhados.

Também José matou a fome dos egípcios e da sua família: «foi para poupar as vossas vidas que Deus me enviou à vossa frente» (Leit).

 

6ª Feira: O que os olhos e a fé ajudam a ver.

Gen 46, 1-7. 28-30 / Mt 10, 16-23

Jacob disse a José: Agora sim, já posso morrer, porque vi o teu rosto e tu ainda estás vivo.

 

Palavras semelhantes foram ditas por Simeão, quando acolheu o Menino, nos braços de Maria: «porque os meus olhos viram a vossa salvação»

Precisamos igualmente ver Jesus com olhos da fé: «Porque sem fé não é possível agradar a Deus e chegar a partilhar a condição de filhos seus; ninguém jamais pode justificar-se sem ela e ninguém que ‘não persevere nela até ao fim’ (Ev) poderá alcançar a vida eterna» (CIC, 161). Deus é fiel e nunca nos abandonará. Procuremos ter n’Ele uma confiança e fé plenas.

 

Sábado: S. Bento: Reconstrução das raízes cristãs.

Prov 2, 1-9 / Mt 19, 27-29

E todo aquele que tiver deixado casa, irmãos… por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.

 

S. Bento contribuiu enormemente para a implantação das raízes cristãs nos países que hoje constituem a Europa. Por isso, foi nomeado Padroeiro deste continente pelo Papa Paulo VI.

Ouviu o chamamento do Senhor e deixou tudo por causa d’Ele (cf Ev). Recebeu do Senhor a sabedoria, o saber e a razão (cf Leit). E nós recebemos uma esplêndida herança. Para reconstruirmos as raízes cristãs no nosso país, sejamos fiéis à nossa vocação cristã: «Ele guarda os caminhos dos que lhe são fiéis» (Leit).

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:

ARMANDO RODRIGUES DIAS

 

Nota Exegética:

GERALDO MORUJÃO

 

Homilias Feriais:

NUNO ROMÃO

 

Sugestão Musical:

DUARTE NUNO ROCHA

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