Roteiro Homilético – XXIX Domingo do Tempo Comum – Ano C

RITOS INICIAIS

 

Salmo 16, 6.8.9

ANTÍFONA DE ENTRADA: Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco, ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras. Guardai-me dos meus inimigos, Senhor. Protegei-me à sombra das vossas asas.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

A liturgia de hoje convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente: só dessa forma será possível ao crente aceitar os projectos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus eterno e omnipotente, dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço a dedicação da nossa vontade e a sinceridade do nosso coração. Por Nosso Senhor…

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-se, muitas vezes, da acção do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.

 

Êxodo 17, 8-13

 

8Naqueles dias, Amalec veio a Refidim atacar Israel. 9Moisés disse a Josué: «Escolhe alguns homens e amanhã sai a combater Amalec. Eu irei colocar-me no cimo da colina, com a vara de Deus na mão». 10Josué fez o que Moisés lhe ordenara e atacou Amalec, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiram ao cimo da colina. 11Quando Moisés tinha as mãos levantadas, Israel ganhava vantagem; 12mas quando as deixava cair, tinha vantagem Amalec. Como as mãos de Moisés se iam tornando pesadas, trouxeram uma pedra e colocaram-na por debaixo para que ele se sentasse, enquanto Aarão e Hur, um de cada lado, lhe seguravam as mãos. Assim se mantiveram firmes as suas mãos até ao pôr do sol 13e Josué desbaratou Amalec e o seu povo ao fio da espada.

 

O livro do Êxodo não cessa de exaltar a Providência divina em favor do povo que, liberto da opressão do Egipto, é guiado a caminho da terra prometida; não só o alimenta e lhe mata a sede, como também o livra das mãos dos inimigos.

8 «Amalec», isto é, os amalecitas, um tradicional inimigo de Israel, espalhado pelo norte do Sinai e a sul do Négueb, até aos tempos de Ezequias, em que foi completamente apagada a sua memória (cf. v. 14). Aqui aparecem como um grupo inimigo, que disputaria os escassos oásis do deserto com as suas fontes e pastagens. «Refidim», lugar incerto a SW da península do Sinal, um lugar de passagem dos israelitas a caminho do monte Horeb (Sinai).

9 «Com a vara de Deus na mão…» Alguns pensam, e com razão, que Moisés, no cimo do monte, não se limitou a rezar de braços abertos, mas que, com a vara, ia fazendo sinais para a planície, a fim de Josué conduzir bem o combate. De qualquer modo, ao lermos o Êxodo, é contraproducente fixarmo-nos no rigor histórico dos relatos, embora estes tenham atrás de si tradições de valor. Queremos chamar a atenção para o perene valor paradigmático do gesto de Moisés. Ele torna-se uma imagem de Cristo mediador e do valor da oração de intercessão. Os Padres vêem na vara de Moisés uma figura da Cruz, que vence os inimigos do homem: demónio, o pecado e a morte. Por outro lado, também se pode ver, nas figuras de Aarão e Hur, o poder religioso, e, em Josué, o poder político-militar, ambos os poderes concentrados em Moisés, que haveriam de vir a diversificar-se.

 

Salmo Responsorial Sl 120 (121), 1-8 (R. cf. 2)

 

Monição: Sabemos que o Senhor não abandona os que n’Ele confiam. A sua misericórdia corresponde à nossa esperança.

 

Refrão: O NOSSO AUXÍLIO VEM DO SENHOR,

QUE FEZ O CÉU E A TERRA.

 

Levanto os meus olhos para os montes:

donde me virá o auxílio?

O meu auxílio vem do Senhor,

que fez o céu e a terra.

 

Não permitirá que vacilem os teus passos,

não dormirá Aquele que te guarda.

Não há-de dormir nem adormecer

Aquele que guarda Israel.

 

O Senhor é quem te guarda,

o Senhor está a teu lado, Ele é o teu abrigo.

O sol não te fará mal durante o dia,

nem a lua durante a noite.

 

O Senhor te defende de todo o mal,

o Senhor vela pela tua vida.

Ele te protege quando vais e quando vens,

agora e para sempre.

 

Segunda Leitura

 

Monição: A segunda leitura apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Escritura Sagrada. Sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, ela deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.

 

2 Timóteo 3, 14 – 4, 2

 

Caríssimo: 14Permanece firme no que aprendeste e aceitaste como certo, sabendo de quem o aprendeste. 15Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus. 16Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça. 17Assim o homem de Deus será perfeito, bem preparado para todas as boas obras. 4,1Conjuro-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que há-de julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2Proclama a palavra, insiste a propósito e fora de propósito, argumenta, ameaça e exorta, com toda a paciência e doutrina.

 

A leitura contém o texto clássico da inspiração da Sagrada Escritura (v. 16) e um apelo formal e solene à pregação do Evangelho, com o recurso a uma fórmula jurídica semelhante à dos testamentos greco-romanos, de modo a que o herdeiro fique obrigado a cumprir a vontade do testador (4, 1: «conjuro-te» – diamartyromai).

16 «Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil…» (outra tradução possível: «toda a Escritura é inspirada por Deus e também é útil…). A Igreja sempre entendeu e ensinou que: «Todos os livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento, com todas as suas partes, foram escritos sob a inspiração do Espírito Santo e, por isso, têm a Deus como autor e, como tais, foram confiados à Igreja» (Vaticano II, DV 11). Na tradução litúrgica, aparece a inspiração da S. E., – uma interacção divino-humana, um verdadeiro mistério pertencente à ordem sobrenatural – como uma afirmação indirecta, pois o acento é posto na sua utilidade sobrenatural: dar a sabedoria que leva à salvação (v. 15), «ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça» (v. 16), e levar à santidade de vida de um homem de Deus perfeito (v. 17).

 

Aclamação ao Evangelho Hebr 4, 12

 

Monição: O Evangelho sugere que Deus não está ausente, nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo. Os crentes devem descobrir que Deus os ama e que tem um projecto de salvação para todos os homens; e essa descoberta só pode fazer-se através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.

 

ALELUIA

A palavra de Deus é viva e eficaz,

pode discernir os pensamentos e intenções do coração.

 

 

Evangelho

 

Lucas 18, 1-8

 

1Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar: 2«Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. 3Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. 4Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; 5mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’». 6E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!… 7E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? 8Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?»

 

O tema central deste e do próximo domingo é o da oração. A parábola do juiz iníquo, exclusiva de Lucas, o evangelista da oração, é muito expressiva para mostrar a eficácia da oração e a necessidade que temos de insistir. Esta insistência não é para convertermos Deus, mas para nós nos convertermos a Ele, para nos abrirmos aos dons que Ele tem para nos dar, para nos colocarmos no nosso lugar de criaturas necessitadas de Deus. Compreende-se assim que Ele não nos dispense de clamar dia e noite e de «orar sempre sem desanimar» (v. 1).

7 «E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos que por Ele clamam dia e noite?» O contraste estabelecido pelo Senhor é flagrante. Como é que Deus não há-de escutar os nossos pedidos, sendo Ele um Pai amorosíssimo e infinitamente bom? A verdade é que não nos dispensa de clamar dia e noite e de «orar sempre sem desanimar» (v. 1).

8 «O Filho do homem encontrará fé sobre a terra? Para rezar e ser atendido é preciso fé, dessa «fé que transporta montanhas» (cf. Mt 17, 20). A falta de fé prevista para o fim dos tempos (cf. Mt 24, 10-12; 2 Tes 2, 3-5; 1 Tim 4, 1-3; 2 Tim 3, 1-9) não se revela só na negação das verdades reveladas por Deus, mas na perda do sentido da fé a nortear a vida.

 

Sugestões para a homilia

 

A dificuldade de orar num mundo marcado pela injustiça

Uma nova imagem de Deus

«É pela vossa perseverança que alcançareis a vossa salvação». (Lc 21,19)

 

A dificuldade de orar num mundo marcado pela injustiça 

Jesus propôs a parábola para convidar os seus discípulos a não desanimarem no seu propósito de implantar o reino de Deus no mundo. Para isso deveriam ser constantes na oração, como o fora a viúva em pedir justiça até que fosse atendida por aquele juiz que se fazia de surdo para não escutar a sua súplica. E a sua constância alcançou-lhe a justiça.

Esta parábola do evangelho tem um final feliz, como tantas outras, embora nem sempre assim aconteça na vida real. Porque é que tanta gente morre sem que se lhe faça justiça, apesar de suplicar a Deus com frequência? Quantos mártires esperaram em vão a intervenção divina no momento do seu julgamento? Quantos pobres lutam para sobreviver sem que ninguém lhes faça justiça? Quantos crentes perguntam até quando vai durar o silêncio de Deus, quando é que Ele vai intervir neste mundo de desordem e injustiça legalizada? Como é que o Deus do amor e da paz permite guerras tão sangrentas e cruéis, a demente carreira de armamentos, ou o desperdício de recursos para a destruição do meio ambiente, a existência de um terceiro mundo que desfalece de fome, a consolidação dos desníveis de vida entre países e cidadãos?

Perante tanto sofrimento, para o cristão fica cada vez mais difícil rezar, entrar em diálogo com esse Deus a quem Jesus chama de «Pai», para pedir-lhe que «venha a nós o teu reino». Atravessado pela noite escura deste mundo, pela injustiça estrutural, fica cada dia mais difícil acreditar nesse Deus apresentado como omnipresente e omnipotente, que faz justiça perante o opressor e protege os oprimidos.

 

Uma nova imagem de Deus

Mas talvez seja necessário apagar essa imagem de Deus que, de facto, não corresponde às páginas evangélicas. Porque, lendo-as, tem-se a impressão de que Deus não é nem omnipotente nem impassível, mas sim frágil, sofredor, «padecente»; o Deus cristão revela-Se mais dando a vida que impondo uma determinada conduta aos seres humanos, está no meio da luta dos seus pobres e não à cabeça dos poderosos.

O cristão, consciente da companhia de Deus no seu caminho para a justiça e a fraternidade, não deve desfalecer, mas insistir na oração, pedindo força para perseverar até implantar o Seu reino num mundo onde dominam outros senhores. Neste caso, só a oração o manterá na esperança.

Até que este reino divino seja implantado, a situação do cristão no mundo assemelhar-se-á com aquela descrita por Paulo na carta aos Coríntios: «Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimados; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Sem cessar e por toda parte, levamos em nosso corpo a morte de Jesus, a fim de que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo» (2 Cor 4, 8-10).

Não estamos abandonados das mãos de Deus. Pela oração sabemos que Deus está connosco. E isto basta-nos para continuarmos insistindo sem desfalecer.

 

«É pela vossa perseverança que alcançareis a vossa salvação». (Lc 21, 19)

O importante é a constância, a perseverança. Moisés teve essa experiência. Enquanto rezava, com as mãos elevadas no alto do monte, Josué ganhava a batalha; quando as abaixava, isto é, quando deixava de rezar, os amalecitas, seus adversários, venciam. Os companheiros de Moisés, conscientes da eficácia da oração, ajudavam-no para não desfalecer, sustentando-lhe os braços para que não deixasse de orar. E assim esteve – com os braços erguidos, isto é, orando insistentemente –, até que Josué vencesse os amalecitas. De modo simples ressalta-se neste texto a importância de permanecer em oração, de insistir perante Deus.

Na segunda leitura, Paulo também recomenda a Timóteo para ser constante, permanecendo no que ele aprendeu nas Sagradas Escrituras, de onde se obtém a verdadeira sabedoria que, pela fé em Cristo Jesus, conduz à salvação. O encontro do cristão com Deus deve realizar-se através da Escritura, útil para ensinar, repreender, corrigir e educar na virtude. Deste modo, estaremos equipados para realizar toda a boa obra. O cristão deve proclamar esta palavra, insistindo a tempo e a fora de tempo, repreendendo e reprovando a quem não a leva em consideração, exortando a todos, com paciência e com a finalidade de instruir no verdadeiro caminho que por ela nos é revelado.

Trilhando este caminho, viveremos em pleno o desafio missionário que a Igreja confere a cada cristão no dia do seu baptismo, renovado em cada dia por um compromisso fiel e feliz com Cristo, com a Igreja e com o mundo do nosso tempo.

 

Que a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, faça de cada um de nós verdadeiros missionários e nos ajude a perceber que «é pela perseverança que alcançaremos a salvação» (cf. Lc 21, 19).

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Fazei, Senhor, que possamos servir ao vosso altar com plena liberdade de espírito, para que estes mistérios que celebramos nos purifiquem de todo o pecado. Por Nosso Senhor…

 

SANTO: Az. Oliveira, NRMS 50-51

 

Monição da Comunhão

«Nem só de pão vive o homem mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4).

Salmo 32, 18-19

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: O Senhor vela sobre os seus fiéis, sobre aqueles que esperam na sua bondade, para libertar da morte as suas almas, para os alimentar no tempo da fome.

Ou: Mc 10, 45

O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais e nos confirme nos bens eternos. Por Nosso Senhor…

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo. Ao longo da semana que se segue, procuremos rezar e meditar algumas frases da Palavra deste Domingo, procurando transformá-las em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida.

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

29ª SEMANA

 

2ª Feira: S. Lucas: O contributo de S. Lucas.

2 Tim 4, 9-17 / Lc 10, 1-9

Escolhestes S. Lucas para revelar, com a sua palavra e com os seus escritos, o mistério do vosso amor pelos pobres.

 

S. Lucas transmitiu-nos, com a sua palavra e com os seus escritos (Oração), os ensinamentos de Jesus (Evangelho) e a vida da primitiva cristandade (Actos dos Apóstolos). Acompanhou igualmente S. Paulo nas suas viagens apostólicas, encontrando-se a seu lado na prisão em Roma (Leit.).

A ele devemos um melhor conhecimento da vida de Jesus, especialmente da sua infância; de algumas parábolas específicas (o filho pródigo, o bom samaritano, etc). Dele também ficámos com mais algumas referências à vida de Nossa Senhora, junto dos Apóstolos e dos primeiros cristãos.

 

3ª Feira: Deus bate à nossa porta.

Ef 2, 12-22 / Lc 12, 35-38

Em Cristo, qualquer construção bem ajustada, cresce para formar um templo santo do Senhor.

 

«A Igreja é também muitas vezes chamada construção de Deus. O próprio Cristo se comparou à pedra que os construtores rejeitaram e que se tornou pedra angular (Leit.)» (CIC, 756). E cada um de nós também está integrado na construção (Leit.).

Para isso, precisamos estar muito vigilantes. O Senhor vai bater à nossa porta (Ev.), no momento da nossa morte e em muitos momentos do dia, para nos perguntar como santificamos o nosso trabalho, como vivemos a vida familiar, como vivemos cada um dos encontros com Ele, por exemplo, na Eucaristia, na oração, etc. Pedimos a ajuda da nossa Mãe: Rogai por nós agora e na hora da nossa morte.

 

4ª Feira: Atitude vigilante nos acontecimentos normais.

Ef 3, 2-12 / Lc 12, 39-48

Feliz daquele servo a quem, o Senhor ao chegar, assim achar fazendo. Em verdade vos digo: há-de pô-lo à frente de todos os seus bens.

 

A vigilância que o Senhor nos pede está nas pequenas actividades de cada dia: vencer a preguiça ao levantar, cumprir o horário de trabalho, não perder demasiado tempo em programas de TV inúteis, entrar em casa com um sorriso, etc. Também se poderia concretizar em termos mais confiança em Deus: «na coragem de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança» (Leit.).

«Por cada vitória contra os pequenos inimigos, colocaremos uma pedra preciosa na coroa de glória que o Senhor preparou para nós» (S. Francisco de Sales). Assim foi coroada Nª Senhora pela sua vida corrente de cada dia em Nazaré.

 

5ª Feira: A energia transformadora do Espírito Santo.

Ef 3, 14-21 / Lc 12, 49-53

Eu vim trazer fogo sobre a terra e só quero que ele seja ateado.

 

«O fogo! Simboliza a energia transformadora dos actos do Espírito Santo… aquele Espírito do qual Jesus disse: ‘Eu vim lançar fogo à terra’ (Ev.)» (CIC 696).

Pedimos a Deus que o fogo do seu amor robusteça a nossa alma: «Ele vos dará, por meio do seu Espírito, a força de vos tornardes robustos no que há de mais íntimo em vós» (Leit.). E cada um de nós há-de ser igualmente fogo, para transmitir aos outros «a largura, o comprimento e a altura e a profundidade deste mistério (Cristo que habita pela fé nos nossos corações)» (Leit.). Recordemos a acção do Espírito sobre Nª Senhora e os Apóstolos no dia de Pentecostes.

 

6ª Feira: Alguns sinais dos tempos.

Ef 4, 1-6 / Lc 12, 54-59

Hipócritas, sabeis apreciar o aspecto da terra e do céu; mas este tempo, como é que não o apreciais?

 

«O homem esforça-se por interpretar os dados da experiência e os sinais dos tempos (Ev.), graças à virtude da prudência, aos conselhos de pessoas sensatas e à ajuda do Espírito Santo e dos seus dons» (CIC, 1788).

Um dos sinais dos nossos tempos é recuperar a unidade de todos os cristãos e de todo o género humano: «Há um único Senhor, uma única fé, um único baptismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, actua em todos e em todos se encontra» Leit.)». E a Igreja é como o sacramento ou sinal da unidade de todo o género humano (J. Paulo II). Maria, Mãe da Igreja, obtém-nos este dom da unidade.

 

Sábado: Uma vida cheia de bons frutos.

Ef 4, 7-16 / Lc 13, 1-9

Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar fruto a essa figueira, mas não o encontrou.

 

O Senhor espera encontrar em nós frutos abundantes. Para isso, precisamos fazer um pouco de exame sobre a nossa vida, ver o que podemos melhorar e recomeçarmos: «Eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar fruto no futuro» (Ev.). Assim chegaremos ao estado do homem adulto, à medida da estatura de Cristo na sua plenitude (Leit.).

Em Nossa Senhora encontrou Deus o fruto bendito do seu ventre: «graças a Maria todas as nações recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: Jesus, bendito fruto do vosso ventre» (CIC, 2676).

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia: NUNO WESTWOOD

Nota Exegética: GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais: NUNO ROMÃO

Sugestão Musical: DUARTE NUNO ROCHA

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